Epílogo

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🖇 | Boa leitura!

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2 anos depois.

Voltei para casa depois do último ensaio. Era a primeira vez que eu protagonizaria um espetáculo e estava ansiosa para representar o melhor cisne negro que eu podia. Lembro-me de quando notei que as pessoas estavam esquecendo gradativamente de todas as coisas que circundaram a minha vida e me levaram para um ponto em que não pensei que poderia estar. Foi ótimo ser esquecida e começar do zero como qualquer outra pessoa que consegue as coisas por seu próprio mérito. Mas é claro que mudar o meu sobrenome para Sprouse ajudou a tornar a minha vida mais tranquila.

Fiz testes para cinco grupos de balé e consegui passar em quatro. Foi ótimo me dar ao luxo de poder escolher em qual trabalharia e agora abraçava cada apresentação com fervor e dedicação.

Algumas pessoas me questionavam como eu conseguia conciliar a maternidade com os treinos porque era estranho para elas imaginar que eu tivesse um marido que fazia a maior parte do trabalho pesado, principalmente depois que eu decidi parar de amamentar. Cole era praticamente um "dono de casa" já que a maior parte de seu trabalho era a domicílio. Era difícil pra a mente pequena de algumas pessoas processar que eu trocava no máximo dez fraldas por semana e não preparava uma mamadeira há dois meses.

Abri a porta de casa e passei pelo hall de entrada agora cheio de fotos dos últimos anos. Cole e eu nos beijando no dia do nosso casamento, o aniversário de um ano da Isabela onde ela decidiu enfiar o pé no bolo e se sujou inteira de glacê, fotos da Bela com seus tios babões Kj e Hart, de quando a Camila veio nos visitar e resolveu fantasiar a bebê como uma sereia... Todos aqueles momentos tão maravilhosos eternizados em nossas paredes e sobre o aparador. Até a minha mãe estava em algumas das fotos e eu nunca cogitei a ideia de incluí-la em qualquer definição de família que eu quisesse ter no futuro. Era estranho ver o quanto mudamos.

Amy havia saído da clínica de reabilitação definitivamente. Conseguiu aposentar-se e morava nos subúrbios da cidade, a região mais calma e pacífica de Nova York. Passava seus dias pintando quadros e fez várias amigas com quem tricotava e debatia sobre livros. Estava feliz por ela, por parecer alguém totalmente diferente e por sempre estar ligando para saber se estávamos bem ou se precisávamos que ela cuidasse da Bela para Cole e eu termos algum momento só nosso. Era bom poder contar com ela.

Coloquei minha mochila sobre a poltrona e observei as malas fechadas ao lado de um dos sofás. Iríamos viajar na manhã seguinte pra visitar os pais de Cole. Ficaríamos lá por uma semana e depois eles voltariam conosco para verem o meu espetáculo. Os dois eram pessoas maravilhosas e me fizeram sentir parte da família muito depressa. Eu era grata por ter tanto apoio e tanto amor em volta de mim.

Fui até o corredor dos quartos e notei a luz do abajur do quarto da Bela aceso enquanto a porta estava levemente encostada. Chegando perto, comecei a ouvir enquanto Cole cantava bem baixinho uma canção do Bruno Mars para ela. Ele me fez ouvir aquelas músicas a gravidez inteira porque disse não admitir que sua filha não seja uma fã do Bruno. No final, até eu acabei virando porque já tinha decorado praticamente todas as canções.

First Lady ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora