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🖇 | Boa leitura!

Incrível como era mais fácil tirar algo de alguém que está emocionalmente envolvido com você

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Incrível como era mais fácil tirar algo de alguém que está emocionalmente envolvido com você. Lili me contou tudo sobre o juiz do supremo tribunal, incluindo o fato de ele se envolver na gangue de políticos que fazia parte de um mesmo esquema de lavagem de dinheiro. O juiz já tinha um histórico criminoso até então desconhecido pela polícia. Descobrir isso me obrigou a fazer uma nota mental para abrir uma investigação individual, já que o homem era muito mais importante juridicamente do que o governador.

Mais tarde naquela noite, Kj, Hart e eu reunimos todas as informações e enviamos para o capitão. Uma equipe da força tática iria invadir o baile, prender todos os envolvidos e colocar um ponto final na primeira parte da operação. Depois disso viria a burocracia, a pressão em cima dos criminosos e a apresentação daquilo diante de um tribunal.

Eu me sentia nervoso. Tudo iria acabar e eu ansiei por esse momento quando começamos, mas agora eu estava com medo. Queria ter a chance de ficar a sós com a Lili e contar tudo antes que as coisas explodissem e ela surtasse com as minhas mentiras. O problema era que eu não podia contar antes do fim. Lili tinha muito apresso pelo Frederic, ela me odiaria no segundo seguinte e acabaria com a emboscada.

Camila também estava aflita e nos fez prometer repetidamente que não iríamos machucar o seu pai. Eu não fazia o estilo de policial que aplicava castigos físicos gratuitos aos presos, então com aquilo ela poderia ficar despreocupada.

O sábado chegou e eu me vesti formalmente como qualquer outro convidado. Não iria a trabalho, já que a casa estaria cercada de seguranças – que também eram capangas – e a integridade física da Lili tecnicamente não precisaria da minha proteção. O smoking estava um tanto quanto desconfortável e eu sabia que iria me impedir de agir direito caso a emboscada saísse do controle e precisasse de mais força bruta.

— Ah, aí está você! — Camila abriu os braços para mim quando eu entrei na sala principal, agora mais escura e decorada de um jeito sombrio.

— Ainda acho super estranho que você use essa peruca loira. — apontei para o cabelo dela antes de abraçá-la.

— Vou ignorar esse comentário. — forçou um sorriso. — Você é praticamente o James Bond nesse smoking. — olhou-me com ar de aprovação.

— Bom, eu não sei como diabos o James Bond consegue fazer o que faz dentro de uma coisa dessas, então talvez ele seja melhor do que eu.

Ela respondeu com alguma piada na qual eu não prestei atenção. Meus olhos estavam voltados para a escadaria onde a Lili descia degrau por degrau como se estivesse pisando em algo delicado. Subi meu olhar de seus pés ao seu rosto bem devagar, querendo ver todos os detalhes possíveis de como ela estava.

Usava uma sandália de salto prateada com detalhes em brilhante, suas pernas brilhavam conforme se mexiam e estavam bem expostas, já que o vestido roxo era super curto e – como se não fosse pouco pano o bastante – tinha aberturas nas duas laterais, deixando que a mente de qualquer um viajasse sobre quantos centímetros a mais seria necessário subir para que a sua lingerie pudesse ser vista.

First Lady ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora