Sexy

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   — Você poderia... ? — ele me olhou.

     Franzi o cenho.

     — Poderia o que?

    Ele se aproximou devagar de mim, se agachou na minha frente e segurou o cordão do robe com cuidado o deixando aberto. Seus olhos focalizaram em meus seios e ele engoliu seco.

      — Eu sabia que a lingerie era bonita... mas parece ainda mais bonita agora — ele ergueu os olhos para meu rosto que estava bem corado no momento — isso, continue com essa cara — ele se levantou e tomou distância para tirar uma foto — agora olhe pra mim.

    O olhei ouvindo os barulhinhos enlouquecidos da câmera.

    — Deite.

    Me deitei tentando ficar sexy e vi seu sorriso. Ele veio até mim e pediu licença abrindo ainda mais o robe, abaixou uma das alças do sutiã e me olhou se afastando novamente.

     — Mantenha a expressão relaxada, feche os olhos se preferir.

   Fechei os olhos deixando os lábios entreabertos. Me senti aliviada do meu fotógrafo ser ele, eu já não tinha vergonha, e agora muito menos, até me sentia bem ao pensar que eu poderia provocá-lo com isso.

    — Estou fazendo certo? — sussurrei.

    — Está sendo perfeita, por favor, não pare.

    Sorri.

    — Você... conseguiria repetir a expressão daquele dia?

   Sorri novamente, um tímido, fofo e safadinho.

    — Que expressão?

    Ah, eu sabia exatamente do que ele estava falando, mas queria vê-lo vermelho e acima de tudo, queria que ele pedisse por aquilo.

    — Aquela...

    — Expressão pós-sexo?

     Ele engoliu seco e assentiu.

    — Creio que agora não — sorri safada me sentando de pernas cruzadas na cama.

     Ele tirou mais fotos minhas assim.

     — Que pena — ele suspirou — era uma linda expressão.

    Mordi o lábio e ele tirou mais fotos. Deitei na cama brincando com o cordão do robe vendo-o tirar fotos até disso.

     — Queria mesmo registrar aquela expressão — ele abaixou a câmera pra me olhar.

    Dei de ombros como quem não quer nada.

    — Nós dois sabemos o único jeito de repeti-la.

    Charlie me olhou por alguns segundos parecendo cogitar a ideia, e de repente deixou a câmera em cima do criado.

     — Por motivos profissionais — ele disse tirando os tênis com os calcanhares.

     O olhei não acreditando muito que ele realmente estava fazendo aquilo, mas seria uma bela mentira dizer que não gostei.

     — Apenas profissionais — eu engoli seco quando ele puxou a camiseta pela gola a tirando.

     Respirei fundo e o puxei pelo cós da bermuda ficando com o rosto de frente para seu tanquinho, mordi um dos gominhos de sua barriga e ele segurou meu corpo me deitando na cama passando por cima de mim.

    — Assim que vi esse urso, imaginei você nua abraçada a ele — ele disse beijando minha bochecha mordiscando meu pescoço logo depois.

    Arrepiei segurando sua nuca, parece que quando ele tirava as roupas, toda sua vergonha também ia embora e isso era maravilhoso. Por exemplo, ele nunca teria falado aquilo dois minutos atrás.

Senhor MartinOnde histórias criam vida. Descubra agora