Já era final da semana, sexta-feira e no momento eu estava recebendo minha quarta cantada na semana.
E pior do que uma cantada desrespeitosa é uma cantada ruim, e meu deus, elas eram muito ruins. Eu tentava não ser mal educada e ouvir a cantada, mesmo que péssima até que Jeff entrou na sala.
— Emily, preciso que busque uma encomenda pra mim nesse endereço — ele me deu uma folha.
— Claro — peguei minha bolsa e olhei para o homem que conversava comigo — foi um prazer — e saí.
Entrei no táxi e dei o endereço ao motorista que apenas ligou o carro me levando até lá.
Durante aquela semana Charlie não deu sinal de vida. Não sei se ele simplesmente desistiu de mim porque notou que era bom demais pra mim, ou apenas estava ocupado.
Queria fingir que não me importava, que tudo que tivemos era só sexo casual, mas eu não conseguia encarar as coisas daquele jeito e podia estar até enganada, mas ele também não parecia ser daquele jeito.
E bem, ver Sarah e Nick sendo extremamente lindos no sofá do nosso apartamento não era um bom modo de tentar esquecer aquele moreno, ainda mais ele tendo esquecido sua jaqueta no meu quarto.
Entrei na loja de tecidos e fui até o balcão.
— Bom dia, no que posso ajudar? — a mulher perguntou sorrindo.
— Oi, eu vim buscar uma encomenda de Jeffrey Kingsley.
— Ah claro, só um minuto — ela disse entrando pela porta atrás dela.
Me apoiei levemente no balcão sentindo meu celular vibrar na bolsa, o tirei lá de dentro e abri a mensagem de Jeff.
"Quando voltar me trás um Cappuccino, te amo Darling"
Sorri revirando os olhos. Ele podia ser exigente, às vezes meio chato, mas era um amor de pessoa, é, podia lidar com isso.
Assim que saí de lá fui para o Starbucks buscar o café de Jeff.
* * *
— Seus tecidos e seu Cappuccino, espero que ainda esteja quente — coloquei as coisas em cima de sua mesa e ele sorriu.
— Obrigada darlling — ele disse tomando um gole do café — e ah, você conhece Charlie Martin? — sua voz parecia levemente surpresa e curiosa, óbvio né, sua assistente conhecer o grande Martin não deveria ser algo normal.
Franzi o cenho confusa, aquilo foi tão de repente e aleatório.
— Sim... por quê? — perguntei meio medrosa ao não saber se deveria ou não conhecê-lo.
— Ele está te esperando, disse que tinha assuntos profissionais a tratar com você — ele sorriu pra mim — menina esperta.
Sorri.
— Não faço ideia do que pode ser — eu disse.
— Então seja lá o que for, aceite, os Martins são muito influentes no nosso mundo, sem dizer que ele é uma graça de garoto.
Ergui as sobrancelhas para ele.
— Não que eu note muito nele, isso seria pedofilia mesmo ele sendo lindo.
— Mas ele é maior de idade — cruzei os braços sorrindo.
— Mas é muito mais novo que eu e gosta de mulheres, então não — ele negou com a cabeça arrumando os óculos.
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Senhor Martin
Roman d'amourEmily, uma recém-formada e fracassada no mundo na moda nunca foi fã dos garotos bonzinhos, sempre fora impulsiva, explosiva, irresponsável e muito bipolar, gostar de meninos realmente legais não era algo que costumava acontecer com ela... até um fot...