Estabilidade

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P.O.V Emily:

   — Sim, já está pronto — acenei para a secretária enquanto entrava no elevador arrumando o celular na orelha.

    — Ah, que magnífico querida, isso é ótimo por que tenho um jantar beneficente esse final de semana— Flor disse e pelo tom de voz imaginei que estivesse sorrindo — como ficou?

    — Acho que poderia ficar melhor.

    — Veja só, não disse que está ruim, estamos evoluindo com a confiança, não é mocinha?

    Sorri sem graça.

    — Não acho confiável usar algo que eu fiz em um jantar beneficente, Flor.

    — Mas eu acho— ela disse — e bom, peço para o Charlie trazer para mim hoje, e se eu odiar, prometo que te falo.

    — Com toda sinceridade dentro de seu enorme coração?

    — Com toda sinceridade, querida— ela riu — te mando uma opinião de qualquer forma, mas já adianto que vou amar, gosto do seu estilo e creio eu que caprichou mais que o normal para sua sogra, só significa que ficou melhor do que eu esperava.

     — Confia mais em mim que eu mesma.

    Flor riu.

    — Meu filho confia em você e eu confio nele, então automaticamente confio em você, querida.

   Ouvi alguém chamá-la e olhei para o indicador de andares do elevador.

    — Tenho que ir, Emily, mando uma opinião bem sincera assim que receber o vestido, beijos querida.

    — Tenha um bom dia, Flor.

    Desliguei o celular e a porta do elevador abriu.

  Entrei na Class dando de cara com Ty na frente do elevador, plantado ali como se esperasse alguém, no caso, acho que esse alguém era eu.

    — Olá meu ser humano loiro favorito.

    Sorri indo até ele lhe dando um beijo na bochecha. Havia parado com os selinhos porque de certa forma agora eu era uma mulher séria e não podia ter esse tipo de atitude.

   Na verdade foi só para não incomodar Charlie mesmo, dane-se a mulher séria.

    — Olá amore.

    — Você soube?

   Franzi o cenho.

    — Do que... ?

    — Matt vai tocar em uma boate hoje.

    Arregalei os olhos.

   — Sério? Que ótimo!

   — Pois é — ele sorriu — ele nos chamou para fazermos companhia para a namorada dele e aproveitar para dar um apoio moral.

    Mordi o lábio pensando se eu tinha alguma coisa para aquela noite, é, se tivesse seria o bar mesmo.

    — Ok, vamos, claro.

   Ele assentiu me acompanhando até minha sala.

   — Almoça comigo hoje? — ele perguntou.

    O olhei fazendo careta enquanto sentava em minha cadeira.

    — Ah é, você não pode sair.

    Sorri sem graça.

    — Eu peço comida para você também se quiser, ai você come aqui comigo.

Senhor MartinOnde histórias criam vida. Descubra agora