Senhor Martin

A piscina nunca pareceu tão quente

    — Vamos almoçar povo! — Sarah bateu com força na porta.

    Acordei semicerrando os olhos. Charlie estava acordado acariciando meu cabelo enquanto olhava para o teto. Parecia pensativo.

    — Cinco minutos, Jones — Charlie disse olhando para mim checando se eu já havia acordado — você realmente estava cansada — ele beijou minha testa.

    — Está acordado há muito tempo?

    — Não muito — ele disse enquanto eu me sentava na cama.

    Assenti e segurei seu rosto lhe dando um selinho me levantando para me trocar. Coloquei um vestido branco rendado com uma faixa transparente na barriga e sandálias sem salto já pensando que depois iríamos para a praia novamente, e de salto na areia não da certo.

    Coloquei os óculos escuros no topo da cabeça e me virei para Charlie que estava com uma bermuda azul marinho com um cinto preto enquanto abotoava sua camisa manga curta.

     — Andando formal desse jeito até na praia?

    Ele riu deixando a camisa para fora da bermuda mesmo, o que o deixou mais despojado e sexy.

   — Costume — ele deu de ombros — e eu não tenho roupas mais informais que isso.

    Sorri revirando os olhos tentando fechar o zíper do vestido.

    — Com licença — ele sussurrou segurando minha cintura me deixando reta de costas para ele. Passou todo meu cabelo para o lado o colocando por cima do meu ombro esquerdo e deu um selinho em meu pescoço enquanto fechava o zíper — está pronta?

    — Sim senhor — peguei minha bolsinha com a alça comprida a colocando no meu ombro.

   Ele abriu a porta e indicou para eu ir primeiro e eu sorri saindo enquanto ele passava a mão no cabelo pegando seus óculos escuros em cima da mesinha os pendurando na gola da camisa abotoada até um pouco acima do peito.

    Fomos todos no carro de Charlie, eu e ele na frente e os quatro amontoados atrás, e como o carro era bem espaçoso, coube tranquilo.

     Como Charlie disse, em quinze minutos estávamos em uma parte bem movimentada da praia e o lugar estava bem cheio até, o que eu achei agradável, como já disse, gostava de agitação.

    — Tem um restaurante de frutos do mar maravilhoso ali na esquina — Charlie disse — alguém é alérgico ou não gosta?

    Ninguém se manifestou e ele deu de ombros estacionando o carro considerando aquilo um sim.

    Atravessamos a rua e entramos no restaurante bem agradável que estava bem cheio, foi sorte acharmos uma mesa para seis pessoas, mas claro que Charlie sempre tinha seus truques.

    Acabamos decidindo por uma porção grande de camarão e uma de isca de peixe.

    — Acha que duas são suficientes? — Nathan perguntou fechando o cardápio.

    Charlie sorriu e assentiu chamando alguém para anotar seu pedido.

    Eu em toda minha vida nunca havia visto uma porção de camarão tão grande, era como um sonho se realizando.

    — Se não te conhecesse, acharia que quer me engordar — eu disse e Charlie riu pegando um camarão o colocando no molho depois o mordendo fazendo uma cara ótima logo depois.

    — Bom, como já deve estar bem claro — ele passou a mão em minha cintura e me olhou — seu corpo me agrada muito do jeito que está.

    Sorri pegando um camarão o mordendo lentamente vendo-o me observar com atenção.