P.O.V Emily:
Era o segundo mês seguido que eu escrevia para a Class, acho que além de assistente de Jeff, eu ganhei uma página sobre moda masculina na revista.
E bom, escrever sobre moda era uma das minhas maiores realizações pessoais na aérea profissional até o momento, então tudo estava realmente ótimo para mim.
— Emily — Jeff me chamou e eu ergui os olhos do computador para ele.
— Oi.
— Oi, como você está? Eu? Estou bem, obrigado — sorri revirando os olhos e ele continuou — eu vou dar uma saidinha, se alguém chegar, mande esperar e se alguém ligar, anote o recado e se for importante diga que eu retorno, caso contrário, apenas anote o recado.
— Certo — concordei.
— Então continue o bom trabalho soldado — ele disse com uma voz engraçada e eu bati continência.
— Sim, tenente — eu disse e ele riu do jeito escandaloso dele indo embora.
Ouvi barulho de passos apressados e olhei para cima, dessa vez era Ty descendo as escadas assustadoras daquela redação correndo, além de totalmente aberta a escada era em espiral, então nem preciso dizer que eu ficava tonta só de olhar né? Pois é, eu aqui evitando ao máximo ter que pisar nela e Ty descendo correndo sem nem olhar para os degraus.
— Emy, Emy, Emy, Emy! — ele foi até minha mesa.
A criatura estava com seus cabelos perfeitamente arrumados, como sempre, uma calça vermelha e uma camisa branca por dentro dela, e claro, um cinto preto cheio de spikes prateados.
Discreto sempre.
— Diga, diga, diga, diga!
Ele riu rapidamente e jogou algo em minha frente, uma pasta prata para ser exata.
— Olhe!
Franzi o cenho.
— O que... ?
— Só. Olhe.
Franzi ainda mais o cenho e abri a pasta devagar.
— Me diz, você os vê ou banca a despreocupada? — ela disse e eu peguei uma foto minha e de Charlie dentro da pasta.
Era uma foto muito bonita, devo ressaltar, havia sido tirada há dois dias quando fomos ao shopping fotografar em uma loja de roupas, que por sinal, ele havia pagado uma quantia bem razoável para fecharem o segundo andar.
Doido, eu sei, mas o ambiente daquela loja era muito legal, realmente.
— Essas pessoas brotam, não é possível — eu disse rindo.
Depois dos pouco mais de trinta minutos que usamos para tirar algumas fotos, fomos embora, não sem antes ele comprar uma saia que de acordo com ele, eu usaria nas próximas fotos. E aquela foto em minhas mãos, era de nós dois passeando pelo shopping com os dedos entrelaçados, eu olhava para frente com um mínimo sorriso e ele me olhava também sorrindo.
Sorriamos porque naquele momento sugeri que ele usasse a saia que provavelmente ficaria mais bonita nele.
— É claro que brotam, afinal, vocês dois além de lindos são "importantes".
O olhei sorrindo.
— Ele é importante, é capaz de quem tirou a foto nem saber meu nome, na verdade, tenho quase certeza disso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Senhor Martin
RomanceEmily, uma recém-formada e fracassada no mundo na moda nunca foi fã dos garotos bonzinhos, sempre fora impulsiva, explosiva, irresponsável e muito bipolar, gostar de meninos realmente legais não era algo que costumava acontecer com ela... até um fot...