Ridículo

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     Abri a porta da frente devagar. Pisquei olhando para Charlie que como sempre, estava lindo.

     Eu não me surpreendia mais, porém claro que sempre apreciava a vista.

    O terno Armani risca de giz, a gravata listrada e o cabelo elegantemente passado para o lado. Ele sorriu abertamente me olhando e se desencostou do carro enquanto eu andava até ele.

     — Está linda, Emily — ele segurou minha mão me trazendo para perto do seu corpo. Sorri também e ele me beijou na testa.

     — Igualmente, senhor Martin — passei a ão delicadamente por sua bochecha e lhe dei um selinho carinhoso.

       — AI QUE LINDOS!

     Olhamos para cima ao ouvir o grito no meio da rua silenciosa demais. Sarah nos olhava da janela sorrindo e mesmo de longe percebi que ela estava com aquela cara de boba apaixonada, a mesa cara que fazia quando Nick beijava sua testa.

     — Vai dormir! — gritei e ela sorriu.

     — Olá Sarah — Charlie sorriu pra ela e a mesma acenou — vamos? — ele voltou a olhar pra mim.

     Assenti e ele abriu a porta do carro para que eu entrasse, e foi o que fiz.

     — Gostei do vestido — ele disse ligando o carro — tenho a leve sensação de tê-lo visto em um certo armário de criações.

    Mordi o lábio envergonhada.

     — Fico feliz que esteja usando algo seu — ele virou a esquina e me olhou rapidamente.

     — Sarah fez chantagem emocional — ele me olhou para saber mais — ficou ofendida de eu usar minha lingerie para tirar suas fotos, acha que estou dando preferência pra você.

     — E por que estaria?

     — Porque ela sempre pede pra eu usar algo meu, mas eu nunca havia usado — dei de ombros — ela acha que dou mais importância para o que você diz — acabei rindo — ela só parece ser durona, mas é ciumenta...

     Charlie sorriu.

    — Que adorável, ela se importa com você.

   Acabei sorrindo e deu de ombros.

    — Também me importo com ela — sorri — é como a irmã que eu nunca tive.

     Ele sorriu.

    — Ainda bem que a ouviu — ele me olhou rapidamente de volta — esse vestido ficou magnífico em você. Sendo algo seu, da personalidade.

    Sorri agradecendo.

   A festa estava no nível que eu já esperava e que Sarah havia me alertado. Tudo glamoroso nos ais insignificantes detalhes aos mais luxuosos.

      — Nossa — soltei ao olhar o lugar.

    — É só uma festa de lançamento, nada demais.

    — Nada demais pra você — segurei se braço assim que sai do carro — não costumo ir em festas, muito menos desse jeito...

    Ele sorriu.

    — Que vida maravilhosa — acabou rindo baixo — só estou aqui por amor a minha mãe, odeio festas.

    — Eu também — o olhei e ele piscou segurando minha cintura — pelo menos tem comida.

    — Leu minha mente.

Senhor MartinOnde histórias criam vida. Descubra agora