Meu valentão | 𝗞𝗲𝗶𝘀𝘂𝗸𝗲 𝗕𝗮𝗷𝗶

-7-

Pov S/n Takahashi:
  5 de fevereiro de 2010
Acordo sentindo a luz do sol bater contra o meu rosto e algo pesando na minha barriga, tento me virar para o outro lado mas parecia que eu estava presa. Abro meus olhos lentamente, e olho ao redor, em seguida levanto o edredom tendo a cena de Baji agarrado em minha cintura, o garoto tinha seus cabelos bagunçados e usava somente uma calça de dormir.

Arregalo meus olhos imediatamente,  sentindo meu rosto queimar e então tento tirar a sua mão que agarrava minha cintura de mim, mas ele acaba me apertando mais ainda.

-Baji! Acorda- Susurro tentando me levantar.

-Só mais 5 minutinhos- Diz o garoto aconchegando sua cabeça em minha pele.

-Baji caralho, acorda!- Digo aumentando o tom de voz e ele acaba acordando.

O garoto levanta a cabeça lentamente e em seguida olha pra mim que tentava me soltar do mesmo.

-Me deixa dormir vai, aqui tá confortável- Diz e volta a se deitar em minha barriga.

-A gente tem aula, cacete!- Digo me sentando na cama com muito esforço.

-Qual é gatinha? Que que tem faltar só um dia?- Diz o garoto com a voz rouca e eu coro.

-Para- Digo tentando me soltar do garoto, que agora me apertava mais ainda.

-Já deve ter passado do horário, do que, que adianta?- Diz, e me solta, se sentando na cama.

-Culpa sua!- Digo.

- Minha? Você que dormiu aqui ontem!- Diz Keisuke.

-Você poderia ter me acordado!

-Foda-se, eu não quis, e daí?

-Você é um idiota Keisuke!

O garoto rapidamente segura meu queixo e me puxa pra um selinho longo, que eu logo interrompo.

-O que você pensa que tá fazendo?- Pergunto irritada.

-Te beijando?- Diz como se fosse óbvio.

- Eu vou ir embora!- Digo me levantando da cama, e pegando minha mochila que estava em cima da mesinha ao lado da cama.

Vou até a porta e Baji sai correndo na minha frente, logo tampando minha passagem.

-Sai Baji! Eu vou embora!- Digo.

-Sn, calma! Eu...só acho que começamos com o pé esquerdo, e não tem motivo nenhum para nos odiarmos!- Diz o de cabelos compridos e eu encaro meus pés.- Por favor, vamos nos dar uma chance, se não der certo eu prometo que te deixo em paz- Quando Baji termina de dizer, eu levanto minha cabeça olhando para o mesmo e dou um sorrisinho.

-Fechado- Digo estendendo minha mão para o garoto, que logo aperta minha mão em resposta.

Depois disso Baji abriu a porta do quarto e eu fui embora...

Como já tinha perdido o horário da aula, acabei passando o dia assistindo série, e também fiz uma ligação com Yumi, contando sobre tudo que aconteceu, ela surtou e disse que vamos ser um casalsão, tipo "Enemies to lovers". Eu não acho isso, no máximo uma amizade, e se der certo!

[...]

Já eram umas 20:30 e eu estava terminando de lavar a louça, quando ouço a porta da sala ser aberta. Provavelmente é a minha mãe voltando de mais uma de suas, viagens a trabalho, como sempre, já estou acostumada.

Termino de lavar todas as louças e, coloco todas no escorredor pra secar e então vou até a sala, onde vejo minha mãe e duas figuras desconhecidas. Tinha um cara alto, com a aparência de uns 40 anos, que tinha seu cabelo loiro escuro e os olhos castanhos, o outro parecia ter uns 18 anos, tinha cabelos loiros, usava óculos e tinha olhos azuis.

-Oi?- Digo a minha mãe, procurando alguma explicação.

-Ah, oi Sn. Se apresente ao seu novo padrasto e ao seu meio irmão, a partir de hoje, eles iram morar aqui.- Diz a minha mãe, naquele momento eu só conseguia encarar minha mãe sem expressão alguma, como ela viaja por dias e volta com dois desconhecidos, dizendo que eles iram morar com a gente?

-Olá senhorita Sn, meu nome é Hiroki Kisaki!- Diz o mais velho.

-É...prazer- Digo ainda meio em choque.

-Eai Sn, sou Tetta Kisaki, mas me chame só de Kisaki- Diz o garoto se aproximando de mim com um sorrisinho e em seguida beijando minha mão, nojento.

-Kisaki, pode subir com suas malas, seu quarto fica ao lado do de Sn!- Diz minha mãe e só conseguia encara-la com sem expressão alguma.

-Ótimo- Diz o garoto subindo com suas malas.

Eu me viro rapidamente e corro até o meu quarto, chegando lá, tranco a porta e me jogo na cama.

Que merda, primeiro ela ignora totalmente a existência da filha dela e depois traz dois desconhecidos pra dentro de casa, tem como piorar? Quando foi que a minha vida ficou assim?

Acabo me derramando em lágrimas, esse pensamentos rodeavam minha cabeça...Eu sou tão inútil que ela precisou arrumar outra família? Começo a tremer desesperadamente, eu não conseguia parar, por mais que eu quisesse.

-Vamos lá Sn...um, dois, três...- Sussurro pra mim mesma na tentativa de me acalmar.

Continuei contando bem baixinho, até que finalmente adormeci...