-Bônus-

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Pov S/n Takahashi:

Se passaram três anos da morte do meu garoto.

Não costumo comemorar meu aniversário, já que foi o dia em que ele se foi. Todos respeitam minha decisão de não comemorar, então tia Ryoko deu um jeito de fazer algo no meu aniversário assim como Baji gostaria que eu fizesse.

À três anos eu faço algo no meu aniversário apenas uma semana após a data para que eu não me sinta culpada. Mas mesmo assim nunca é algo grandioso, somente um bolinho para mim, tia Ryoko, Chifuyu e Yumi.

Bom, agora eu estou voltando para casa. Eu havia levado Taiyo e Tsuki para fazer alguns exames de rotina no veterinário, inclusive me arrependi de não ter trazido a caixinha de transporte, já que agora estou segurando os dois gatinhos nas mãos.

Eles obviamente não são mais filhotes, então cansam meus braços.

Passo pela faixa de pedestre e Taiyo fica agitada, talvez pela quantidade de pessoas. Estranho sua mudança de comportamento, Taiyo costuma ser bem tranquila.

-Shhh, fique calma pequena.- Digo.

Ela parecia se agitar cada vez mais me deixando assustada, ela é extremamente calma e nunca agiu assim.

Quando menos espero sou arranhada pela mesma que pula do meu colo e corre em direção à algo. Eu tento ir atrás mas as pessoas entram na minha frente, me impedindo.

Olho para todos os cantos procurando a gata, mas nem sinal. Começo a entrar em desespero então saio perguntando dela para as pessoas.

Taiyo sempre foi a gatinha mais fechada, sempre foi muito desconfiada e mais na dela. As únicas pessoas que ela não tem nenhuma desconfiança sou eu, Chifuyu e o... O Baji.

Continuo perguntando às pessoas, mas ninguém havia visto ela.

Taiyo, por favor apareça!

Olho para o outro lado da rua e finalmente vejo minha gata... Mas ela estava sendo acariciado por um homem de cabelos longos. Ele estava abaixado passando a mão pelos pelos dela mas algo que me intriga é que Taiyo nunca deixaria um desconhecido fazer carinho nela.

Será que... Não! Para de se iludir, Sn! Não tem como ele estar vivo.

Eu já tive alucinações algumas vezes depois da morte de Baji... Mas porque nenhuma pareceu tão real quanto agora?

Meus olhos começam à lacrimejar, então tento ir até o outro lado da rua e novamente sou impedida pelas pessoas. Esbarro em um grupo de pessoas sem querer, mas continuo andando até o lugar em que vi o homem, eu não posso perde-lo.

Mais pessoas passam na minha frente e eu finalmente chego no lugar. Olho para os lados e encontro somente a gatinha totalmente perdida, ela miava sem parar enquanto vinha até mim, parecia até querer me avisar algo.

Eu não estou alucinando de novo!

Lágrimas descem pelo meu rosto e Taiyo mia cada vez mais alto, Tsuki desce do meu colo e começa rodear Taiyo e eu me agacho no chão com os dois gatinhos.

-Oque você quer dizer pequena?- Susurro.

Tsuki corre para algum lugar e Taiyo o segue, me levanto rapidamente e os sigo. Eles eram muito mais rápidos que eu mas eu não desistia de tentar segui-los.

Esbarro em algumas pessoas mas continuo correndo. Para onde esses pequenos estão me levando?

Minhas lágrimas continuavam a escorrer pelo meu rosto. Eu odeio ter alucinações, elas parecem tão reais que me fazem duvidar da realidade. E se isso não foi uma alucinação? Mas o Baji... Ah, isso é tão agonizante!

Meu valentão |  𝗞𝗲𝗶𝘀𝘂𝗸𝗲 𝗕𝗮𝗷𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora