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Pov S/n Takahashi:
6 de julho de 2010
Acordo sentindo a luz do sol bater contra o meu rosto então me sento na cama ainda de olhos fechados. Logo sinto um movimento estranho ao meu lado e abro os olhos rapidamente tendo a cena de Baji dormindo, e o mesmo tinha suas mãos sobre minha coxa.

- Que porra é essa?- Digo me levantando rapidamente.

O garoto acorda e eu logo percebo que não estou com minhas roupas, e sim com as de Baji.

-Bom dia- Diz o mesmo se espreguiçando enquanto se sentava na cama.

-Bom dia é o caralho, oque eu estou fazendo aqui?- Digo procurando minhas coisas pelo quarto.

- Você ficou bêbada e eu te trouxe pra casa- Diz simples.

- Porque não me deixou com a Yumi então?-  Pergunto segurando minha bolsa e meus saltos.

- Ela também ficou bêbada- Diz.

Continuo procurando minhas coisas pelo quarto, enquanto o garoto só me observava com um olhar triste, quando eu finalmente acho meu vestido e coloco sobre os ombros indo até a porta do quarto. Vejo Keisuke correr até mim e fechar a porta rapidamente, eu logo o olho com um olhar de reprovação.

-Qual foi gatinha? Não me olhe assim- Diz se aproximando e eu recuo cruzando os braços.

- Não me chame assim, e me deixe sair seu idiota!- Digo.

-Primeiro precisamos conversar...fiquei sabendo que dançou com Kazutora...- Diz e eu o olho confusa.

- Você me traiu! E outra, nós só dançamos, nada de mais!- Digo olhando para o mesmo com uma expressão raivosa- Eu sou muito tola de pensar que você deixaria de pegar várias pra ficar comigo!- Digo e vejo seu olhar entristecer.

- Não diga isso...eu não te trai!- Diz abaixando seu tom.

- Não foi oque pareceu- Digo e o encaro.

-Tudo bem, mais tarde te enviarei a prova de que não te trai...mas quero que saiba que eu te amo muito, e que nunca faria isso com você.- Diz e abre a porta do quarto me deixando finalmente sair.

Saio do quarto e desço as escadas batendo os pés, eu estava começando a acreditar naquilo, mas o orgulho foi mais forte...Sai da casa rapidamente, já sentindo as lágrimas invadirem meus olhos, abro a porta de casa e subo para o meu quarto. Olho o horário e já está um pouco tarde para ir pra escola, eu não posso faltar tanto assim, minha mãe me mataria se soubesse...não que ela se importe comigo, mas ainda sim é ela quem paga minha escola.

Estava morrendo de dor de cabeça, então resolvi tomar um banho. Tiro as roupas do meu corpo e logo percebo que eu estava com as roupas de Keisuke, que ainda tinham seu perfume. Que saco! Eu preciso esquece-lo! Entro na minha banheira, que estava com água morna, em seguida pego meu sabonete líquido e despejo um pouco pela água formando espuma ao meu redor. Faço um coque nos meus cabelos e me afundo um pouco mais na banheira, sentindo meu corpo relaxar completamente.

Bom, mês que vem é meu aniversário, eu nunca faço nada além de uma tarde das garotas com Yumi, já que ela é a única que se importa, então pra mim tanto faz. Já tinha um bom tempo que eu estava na banheira então resolvo sair, me levanto e pego minha toalha que estava ao lado, em seguida me enrolo na toalha saindo do banheiro.

[...]

Estava fazendo um sanduíche já que é a coisa mais prática que achei pra jantar, mas logo sou interrompida com uma notificação no meu celular. Era uma mensagem de...Baji. Abro a notificação e logo vejo que era um vídeo acompanhado de uma mensagem que dizia "Eu não desisti de você." Ok isso me deixou meio triste. Baji não havia me traído, foi tudo realmente um mal entendido e eu me sentia mal por isso...eu sou uma péssima namorada.

Eu estou me sentindo tão mal, estou sentindo como se fosse uma pontada no meu peito, ele fez de tudo para provar enquanto eu agia como uma garota mimada. Que ódio! Eu o deixei magoado, eu não confiei nele, eu fui uma idiota! Fecho meu punhos e começo a tremer...eu não conseguia parar, eu precisava descontar em algo então começo a me beliscar e cravar minhas unhas na minha própria pele, aquilo me fazia sentir aliviada. Já fiz isso algumas vezes por me sentir fracassada, culpada, perdida... Sempre que isso acontece eu busco algo pra me aliviar e sempre acaba em meu braço cheio de marcas. Bem, é complicado mas é o jeito mais fácil.

Meu valentão |  𝗞𝗲𝗶𝘀𝘂𝗸𝗲 𝗕𝗮𝗷𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora