➢ CAPÍTULO 05

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— Lalisa? O que está acontecendo? O que você está fazendo aqui? — perguntou Momo assim que apareci na porta da casa dela segurando minha bagagem

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— Lalisa? O que está acontecendo? O que você está fazendo aqui? — perguntou Momo assim que apareci na porta da casa dela segurando minha bagagem.

— Foi mal eu aparecer assim, de repente, sem avisar, mas a bateria do meu celular morreu no caminho para cá, e meu carro também morreu e... — Fiz uma pausa enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas. — E acho que meu casamento também morreu! — Comecei a chorar copiosamente, cobrindo o rosto com as mãos e balançando a cabeça.

Respirei fundo tentando me controlar da melhor maneira possível.

Os olhos de Momo ficaram marejados também, e ela levou as mãos ao peito. Nós éramos esse tipo de amigas — quando uma chorava, as lágrimas da outra não demoravam muito para cair.

— Ai, meu Deus, Lisa... — sussurrou ela, a voz falhando.

— Eu queria saber se poderia passar um tempo aqui — pedi, entrando na casa dela com minha mala. — Eu teria pedido antes, mas, por algum motivo, achei que Jackson mudaria de ideia e perceberia que ainda me queria.

Eu me sentei no sofá e respirei fundo algumas vezes, com a cabeça baixa. Meu coração, minha mente, tudo estava exaurido.

Tinha sido um longo dia.

— Eu só... gostaria que você tivesse ligado — declarou Momo de forma direta.

— É, mas eu sei o quanto você anda ocupada — respondi, olhando para ela.

As lágrimas ainda escorriam de seus olhos, e o peso do seu olhar parecia quase tão triste quanto o meu.

— Tudo bem, Momo. Sei que estou meio
descontrolada, mas me sinto melhor agora que... — Olhei para a mesinha de centro, na qual havia um copo de água e uma cerveja aberta. Momo não bebe cerveja. Ela sempre achou que tinha gosto de mijo. — Tem alguém aqui com você? — Senti um aperto no peito. Então, notei uma calcinha vermelha embaixo da cadeira. — Ai, meus Deus, tem algum cara aqui com você? Eu devia ter ligado.

— Lisa... — sussurrou ela.

Momo abriu a boca de novo, mas não conseguiu dizer nada. Seu corpo inteiro tremia, mas nenhuma palavra saía de sua boca, e notei um par de tênis... que eu já tinha visto antes. E uma camisa pendurada na cadeira.

Meus olhos pousaram na camisa polo amarela.

Eu me levantei devagar e fui até ela.

— Lalisa — choramingou Momo, e agora eu sabia que ela não estava chorando por mim, mas por causa de suas próprias emoções.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora