➢ CAPÍTULO 54

525 62 14
                                    

Um ano depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Um ano depois.

— Você está ótimo, cara — comentou Jin, arrumando minha gravata. — Mas vou precisar que você pare de suar dentro desse terno.

Eu não conseguia controlar o nervosismo enquanto me preparava para entrar na igreja e me casar com a mulher dos meus sonhos. Eu não sabia que dias como aquele poderiam existir. Eu não sabia que eu poderia ser tão feliz.

— Isso foi tudo que eu sempre quis para você Jungkook — declarou Jin, dando tapinhas no meu ombro. — Que você fosse feliz.

— Eu também — disse uma voz na porta.

Levantei os olhos e vi meu pai parado ali, de terno e gravata. Sua aparência era saudável, algo que achei que nunca mais veria de novo. Desde que passou pela reabilitação, ele encontrou o equilíbrio. Não sem alguns percalços, mas a cada queda, ele se reergueu. E quando ele cambaleava, eu o ajudava. Porque era isso que a família fazia. Aparecia para ajudar mesmo nos dias mais sombrios. Por sorte, naquela tarde o dia estava cheio de luz.

— Posso ter uma conversa a sós com o meu filho, Jin? — perguntou meu pai. Jin assentiu e saiu por um minuto. Meu pai enfiou as mãos nos bolsos e sorriu. — Você está ótimo.

— E você não está nada mal.

— Meu filho... Eu sei que causei muitas decepções a você durante anos a fio e não sei me expressar muito bem, mas quero que você saiba que você é tudo para mim. Eu não fui um bom homem. Eu cometi erro atrás de erro, mas a melhor coisa que aconteceu na minha vida foi você. Eu agradeço todos os dias por você ter se tornado um homem melhor do que eu jamais fui. Agradeço por você ter se agarrado às melhores partes de mim e de sua mãe. Você é muito mais do que eu poderia ter desejado. Eu amo você, filho.

Aquelas palavras...

A porra daquelas palavras...

— Não seja um frouxo e comece a chorar — brincou ele, enxugando as próprias lágrimas.

— Foi mal, pai. — Eu o puxei para um abraço. — Eu também amo você.

Quando nos separamos, ele enxugou os olhos de novo e deu uma fungada.

— Mais uma coisa. Sua mãe fez uma coisa na semana que você nasceu. Ela escreveu cartas para ocasiões especiais na sua vida. Ela escreveu uma carta que ela queria entregar para você no dia do seu casamento. Tipo, ela escreveu outras cartas também. Seu aniversário de dezesseis anos, sua formatura e, merda, eu perdi essas datas. — Ele franziu a testa, cheio de culpa.

Permanecer sóbrio às vezes era difícil para ele, pois significava enfrentar todos os erros que ele tinha cometido no passado.

— Tudo bem, pai.

— Não está, não. Não mesmo. Mas eu vou entregar essas outras cartas para você em um outro dia. Hoje você vai receber esta. — Ele enfiou a mão no bolso e a pegou. Então, enfiou a mão no outro bolso e tirou uma caixinha. — E dizem por aí que você deve dar um presente para a sua noiva. Então, se você ainda não comprou, eu achei que você poderia usar este.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora