━ Os caminhos de Lalisa e Jungkook acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem dei...
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— Você precisa ficar longe da minha filha! — exclamou Loretta Manoban, entrando na oficina na tarde de uma terça-feira. — Ela não é uma dessas mulheres que você usa para suas trepadas por aí.
Olhei para ela e bufei. Depois, voltei a trabalhar no carro diante de mim. Ela realmente tinha dito “trepada”? Acabei de escolher uma nova palavra favorita.
— A não ser que a senhora tenha um carro para consertar, é melhor ir embora. — resmunguei, pegando uma chave-inglesa na caixa de ferramentas.
Ela se aproximou com seus sapatos de salto alto e colocou a mão na cintura.
— Estou falando sério, seu... seu... seu... animal. Mantenha suas mãos longe da Lisa. Ou você vai se ver comigo.
— Se ver com você? — Arqueei uma das sobrancelhas. — Eu não lido muito bem com ameaças — avisei.
— Bem, eu não lido bem com gente como você perseguindo minha família — retrucou ela.
— Ninguém aqui está perseguindo a sua família, alteza — debochei. — Então, se a senhora puder se retirar...
— Qual é o seu problema? Você está tentando se vingar de mim ou algo assim?
Apoiei as mãos no carro e me levantei para olhar para ela. Seus olhos eram iguais aos da filha, mas cheios de ódio.
— E por que eu ia querer me vingar de você?
— Por aquela vez em que você foi me pedir ajuda.
Puxei a pulseira de borracha.
Respire fundo.
— Não tenho tempo para isso. — Esfreguei a mão na calça jeans e me virei para sair. — Por favor, retire-se.
— Você precisa ficar longe da minha filha ou vai se arrepender — repetiu ela, o que me levou a me retesar.
— Vou dizer de novo — rosnei, puxando a pulseira. — Eu não lido bem com ameaças.
— Não é uma ameaça, é uma promessa. Se o seu caminho continuar cruzando com o de Lisa, eu vou fazer você sofrer.
Arqueei uma sobrancelha.
— E como isso é diferente do que você e sua gente têm feito comigo há tanto tempo?
— Ouça...
— Não, você é que vai me ouvir! — gritei, me aproximando dela. — Você não pode entrar na minha oficina e ficar fazendo exigências, está bem? Esta é a minha vida, e você não tem o menor controle sobre ela. Eu sei que você está acostumada a ter servos fazendo tudo que você quer, mas eu não sou um dos seus pôneis adestrados, está me ouvindo, dona? Quando você me manda pular, eu não pergunto a que altura, então, pode pegar essas ameaças vazias e sair da minha frente.