➢ CAPÍTULO 22

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— Você precisa ficar longe da minha filha! — exclamou Loretta Manoban, entrando na oficina na tarde de uma terça-feira

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— Você precisa ficar longe da minha filha! — exclamou Loretta Manoban, entrando na oficina na tarde de uma terça-feira. — Ela não é uma dessas mulheres que você usa para suas trepadas por aí.

Olhei para ela e bufei. Depois, voltei a trabalhar no carro diante de mim. Ela realmente tinha dito “trepada”? Acabei de escolher uma nova palavra favorita.

— A não ser que a senhora tenha um carro para consertar, é melhor ir embora. — resmunguei, pegando uma chave-inglesa na caixa de ferramentas.

Ela se aproximou com seus sapatos de salto alto e colocou a mão na cintura.

— Estou falando sério, seu... seu... seu... animal. Mantenha suas mãos longe da Lisa. Ou você vai se ver comigo.

— Se ver com você? — Arqueei uma das sobrancelhas. — Eu não lido muito bem com ameaças — avisei.

— Bem, eu não lido bem com gente como você perseguindo minha família — retrucou ela.

— Ninguém aqui está perseguindo a sua família, alteza — debochei. — Então, se a senhora puder se retirar...

— Qual é o seu problema? Você está tentando se vingar de mim ou algo assim?

Apoiei as mãos no carro e me levantei para olhar para ela. Seus olhos eram iguais aos da filha, mas cheios de ódio.

— E por que eu ia querer me vingar de você?

— Por aquela vez em que você foi me pedir ajuda.

Puxei a pulseira de borracha.

Respire fundo.

— Não tenho tempo para isso. — Esfreguei a mão na calça jeans e me virei para sair. — Por favor, retire-se.

— Você precisa ficar longe da minha filha ou vai se arrepender — repetiu ela, o que me levou a me retesar.

— Vou dizer de novo — rosnei, puxando a pulseira. — Eu não lido bem com ameaças.

— Não é uma ameaça, é uma promessa. Se o seu caminho continuar cruzando com o de Lisa, eu vou fazer você sofrer.

Arqueei uma sobrancelha.

— E como isso é diferente do que você e sua gente têm feito comigo há tanto tempo?

— Ouça...

— Não, você é que vai me ouvir! — gritei, me aproximando dela. — Você não pode entrar na minha oficina e ficar fazendo exigências, está bem? Esta é a minha vida, e você não tem o menor controle sobre ela. Eu sei que você está acostumada a ter servos fazendo tudo que você quer, mas eu não sou um dos seus pôneis adestrados, está me ouvindo, dona? Quando você me manda pular, eu não pergunto a que altura, então, pode pegar essas ameaças vazias e sair da
minha frente.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora