━ Os caminhos de Lalisa e Jungkook acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem dei...
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Lisa dedicava tempo e energia para qualquer pessoa na cidade sem pensar duas vezes. Eu já tinha visto diversos bisbilhoteiros que achavam que era sua obrigação meter o bedelho na vida dela, chamando-a o tempo todo. No entanto, em vez de mandá-los deixá-la em paz, como deveria, ela sorria, se empertigava e respondia às perguntas com toda elegância.
Era nojento de assistir. Eles estavam sugando as energias emocionais dela, e ela deixava como se não se importasse nem um pouco com a rudeza e o desrespeito que demonstravam.
— Que Deus abençoe esse seu coração, Lalisa Manoban. Eu nem sei o que eu faria se meu casamento estivesse em crise. Mas você é forte. Tenho certeza de que vai superar isso. Além do mais, você não é tão velha assim, então talvez encontre outra pessoa. Ou talvez Jackson aceite você de volta. Caso contrário, sempre pode contar com gatos. Estou rezando por você, querida — disse uma velha para Lisa no supermercado, enquanto Grace tentava comprar flores.
Ela ficou ali parada por mais de dez minutos, tentando ir para o caixa, mas as pessoas sempre entravavam na sua frente como se não dessem a mínima para seus sentimentos.
Depois que aquela velha se afastou, resmunguei quando passei por Lisa:
— Você simplesmente deixa que eles a tratem como merda, hein?
Ela olhou para mim e, porra, aqueles olhos continuavam lindos. Eu ficava imaginando quando isso mudaria.
Ela piscou uma vez.
— Do que você está falando?
— Nos últimos minutos intermináveis, as pessoas só diminuíram você.
— O quê? Claro que não. Elas só estão orando por mim.
— Com orações assim, quem precisa de alguma maldição?
Ela estreitou os olhos.
— Do que você está falando, Jungkook?
— Você está sendo devorada viva por todos aqui na cidade nesses últimos dias, e não faz nada.
— Você está tomando conta de mim?
— Não.
Sim. Talvez.
Ela pigarreou.
— Bem, tudo que estou dizendo é que você não conhece essas pessoas como eu conheço. Elas só estão sendo carinhosas. Isso é tudo.