➢ CAPÍTULO 29

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Dez anos de idade

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Dez anos de idade

— Sério? — Eu estava radiante olhando para os meus pais. — Eu posso escolher um mesmo? — Minha bochecha estava até doendo porque eu nãoconseguia parar de sorrir.

Estávamos em um pet shop olhando para as vitrines com diferentes tipos de filhotes.

— Pode. Suas notas estão boas. Além disso, achamos que você já tem idade para ter um pouco de responsabilidade. Então — meu pai fez um gesto em direção aos cachorrinhos. — Vamos escolher seu novo amigo.

Senti vontade de chorar porque era aquilo que eu queria. Eu sempre quis um amigo, e agora teria um.

Meus pais andaram pela loja comigo, apontando para os cachorros de que gostavam. Não concordavam com nada e, então, diziam alguma coisa cruel um para o outro. Mesmo que se esforçassem para esconder, brigavam até quando respiravam. Eu não entendia por que andavam tão irritados um com o outro
ultimamente.

O que precisavam fazer era dizer “Eu te amo” e resolver tudo.

Mas não deixei a briga deles me afetar naquela tarde. Eu tinha a missão de encontrar o cãozinho certo para ser meu parceiro. Desse modo, quando meus pais estivessem brigando, teria alguém para me fazer companhia.

— E este aqui? — perguntei, indicando com a cabeça um filhotinho preto que começou a abanar o rabo muito rápido quando olhou para mim. Parecia que ele também estava animado para encontrar um novo amigo.

O funcionário da loja o trouxe para nós e nos acompanhou até uma sala para interagirmos com o filhote e ver se ele se dava bem comigo. No instante em que ele colocou o cachorrinho no chão, ele saltou na minha direção e pulou no meu colo. Começou a lamber meu rosto e me abraçar enquanto eu o abraçava também.

Minha mãe sorriu.

— Acho que encontramos um carinha perfeito para você.

Eu ri, enquanto ele continuava lambendo meu rosto.

— Agora precisamos escolher um nome para ele — comentou meu pai.

Sempre que eu tentava afastá-lo um pouco de mim, ele dava um jeito de afundar mais no meu colo.

— O que vocês acham de Tucker?

— Tucker, então — assentiu minha mãe, sorrindo. — Adorei a escolha.

— Eu também — concordou meu pai.

Eles concordaram.

Então, realmente tinha sido a escolha certa.

— Oi, Tucker — sussurrei, abraçando-o. Parecia que ele estava retribuindo o abraço e aquilo foi do que mais gostei. Eu nunca ia deixá-lo ir embora. — Eu vou amar você para sempre. — Sussurrei.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora