━ Os caminhos de Lalisa e Jungkook acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem dei...
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Dez anos de idade
— Sério? — Eu estava radiante olhando para os meus pais. — Eu posso escolher um mesmo? — Minha bochecha estava até doendo porque eu nãoconseguia parar de sorrir.
Estávamos em um pet shop olhando para as vitrines com diferentes tipos de filhotes.
— Pode. Suas notas estão boas. Além disso, achamos que você já tem idade para ter um pouco de responsabilidade. Então — meu pai fez um gesto em direção aos cachorrinhos. — Vamos escolher seu novo amigo.
Senti vontade de chorar porque era aquilo que eu queria. Eu sempre quis um amigo, e agora teria um.
Meus pais andaram pela loja comigo, apontando para os cachorros de quegostavam. Não concordavam com nada e, então, diziam alguma coisa cruel umpara o outro. Mesmo que se esforçassem para esconder, brigavam até quandorespiravam. Eu não entendia por que andavam tão irritados um com o outro ultimamente.
O que precisavam fazer era dizer “Eu te amo” e resolver tudo.
Mas não deixei a briga deles me afetar naquela tarde. Eu tinha a missão de encontrar o cãozinho certo para ser meu parceiro. Desse modo, quando meus pais estivessem brigando, teria alguém para me fazer companhia.
— E este aqui? — perguntei, indicando com a cabeça um filhotinho preto que começou a abanar o rabo muito rápido quando olhou para mim. Parecia que ele também estava animado para encontrar um novo amigo.
O funcionário da loja o trouxe para nós e nos acompanhou até uma sala parainteragirmos com o filhote e ver se ele se dava bem comigo. No instante em que ele colocou o cachorrinho no chão, ele saltou na minha direção e pulou no meu colo. Começou a lamber meu rosto e me abraçar enquanto eu o abraçava também.
Minha mãe sorriu.
— Acho que encontramos um carinha perfeito para você.
Eu ri, enquanto ele continuava lambendo meu rosto.
— Agora precisamos escolher um nome para ele — comentou meu pai.
Sempre que eu tentava afastá-lo um pouco de mim, ele dava um jeito de afundar mais no meu colo.
— O que vocês acham de Tucker?
— Tucker, então — assentiu minha mãe, sorrindo. — Adorei a escolha.
— Eu também — concordou meu pai.
Eles concordaram.
Então, realmente tinha sido a escolha certa.
— Oi, Tucker — sussurrei, abraçando-o. Parecia que ele estava retribuindo o abraço e aquilo foi do que mais gostei. Eu nunca ia deixá-lo ir embora. — Eu vou amar você para sempre. — Sussurrei.