➢ CAPÍTULO 16

805 86 35
                                        

Quando eu já estava chegando à casa de Jennie, sorri ao ver o rosto amigável de alguém sentado na minha varanda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Quando eu já estava chegando à casa de Jennie, sorri ao ver o rosto amigável de alguém sentado na minha varanda.

— Oi, amiga — cumprimentei, seguindo até Jisoo, que estava segurando dois copos extragrandes da lanchonete KitKat’s.

— Oi, amiga — retribuiu ela, levantando-se.

— Há quanto tempo você está aqui?

— Tempo suficiente para tomar dois copos desses, voltar à lanchonete e comprar mais dois. — Ela franziu a testa, olhando para o meu rosto. — O que
aconteceu? — perguntou, apontando para o curativo.

Toquei meu rosto.

— Só uma válvula de escape.

— Você está bem?

— Se o que tem nesse copo é o que estou pensando que é, logo vou ficar um pouco melhor.

Ela riu e me entregou um copo.

— Se eu me lembro bem, você era a garota que curtia Diet Coke com um pouco de uísque.

Quando éramos adolescentes, sempre pedíamos copos extragrandes na lanchonete KitKat’s quando queríamos nos embebedar na cidade e não queríamos que ninguém soubesse que a filha perfeita dos Manoban's sabia o que era uma bebida alcoólica.

Claro que aquilo tinha sido ideia da Jisoo. Ela era ótima para me libertar por um tempinho.

Peguei o copo e ri.

— Isso mesmo. — Tomei um gole e fiz uma careta. — Caramba, Jisoo!

— Eu talvez tenha pesado um pouco no uísque — explicou ela.

— Acho que isso aqui está mais para uísque com um pouco de Diet Coke.

— Confissão: não coloquei nem um pouquinho de Diet Coke aí. — Ela pousou a mão no meu ombro e apertou de leve. — Se tem alguém nessa cidade
que merece tomar uísque puro, esse alguém é você. Como está aguentando?

— Eu poderia estar melhor.

— Quer ir atirar alguns ovos na casa da Momo? Tenho uma dúzia bem depois da esquina — brincou ela. Bem, achei que estivesse brincando até ver a seriedade em seus olhos.

— Não, Jisoo. Nós não vamos jogar ovos na casa dela.

— Mas que tal enrolarmos a casa com papel higiênico? Folhas duplas, toque macio. Coisa de qualidade. Seria como se envolvêssemos a casa daquela idiota com um cobertor macio. — Ela mordeu o lábio inferior. — E depois a gente joga
gemas de ovo no papel.

Eu ri, o que pareceu estranho. Mas Jisoo tinha essa capacidade de fazer a pessoa mais triste do mundo encontrar um segundo de riso.

— Acho que vou adiar um pouco a vingança.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora