➢ CAPÍTULO 32

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— Oi — cumprimentou Lisa, na minha varanda na tarde de terça-feira, com um sorriso estampado no rosto e um olhar maroto

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— Oi — cumprimentou Lisa, na minha varanda na tarde de terça-feira, com um sorriso estampado no rosto e um olhar maroto. — Quer fazer uma loucura hoje?

— Tudo bem, espere um pouco! Só um pouquinho. — Lisa fez uma careta no estúdio de tatuagem quando Seokjin estava prestes a encostar a agulha na parte de trás do seu ombro.

— A gente já está esperando há meia-hora. — Dei uma risada. — É agora ou nunca.

— Você pode segurar a minha mão? — pediu ela.

Eu entrelacei meus dedos nos dela.

— Sempre e para sempre.

Ela me olhou por um instante como se tivesse visto um fantasma, seus lábios se abriram como se fosse dizer alguma coisa.

Ela se virou para Jin e assentiu.

— Tudo bem. Estou pronta.

Era mentira.

Na hora em que a agulha encostou na pele dela, Lisa deu um grito absurdamente alto e quase deu um salto enquanto apertava a minha mão com uma força ridícula.

— Pense em coisas boas, princesa — sugeri.

Ela respirou fundo e concordou com a cabeça:

— Ovos em bolo, filhotinhos de cachorros, vestidos, tacos...

— Pizza, waffles, parques...

— Livrarias, Natal, Halloween... Puuuuuuuutz grila! — exclamou ela, apertando minha mão.

— Você está bem? — perguntou Jin. — Tem certeza de que vai querer tatuar sete corações com asas? Você pode fazer menos.

— Não — declarou ela com veemência. — Eu consigo. Eu só... — Ela respirou fundo e eu peguei a outra mão dela. — Eu consigo fazer isso.

— Tudo bem, então, mas já que estamos fazendo isso, será que podemos conversar sobre o fato de que em vez de falar uma porção de palavrões, você disse “putz grila” para reclamar da dor? — perguntei.

Ela riu.

— Acho que estou passando tempo demais com minha irmã. Estou começando a falar como ela.

— Vocês duas são chegadas?

— Ela é a única coisa que mantém a minha fé na humanidade. Jennie é um anjo e uma pessoa muito boa.

— Fico feliz que você a tenha do seu lado.

— É, eu também. Ai! — Ela se sobressaltou um pouco.

— Concentre-se em mim, princesa — pedi a ela. — Converse comigo. Faça perguntas. Qualquer coisa para você se distrair da agulha.

— Eu posso fazer perguntas?

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora