➢ CAPÍTULO 10

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— Alô, Lalisa? Quem fala é o Jin da oficina

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— Alô, Lalisa? Quem fala é o Jin da oficina. Estou ligando para informar que você pode passar aqui hoje a qualquer hora e dar uma olhada no seu carro. Obrigado, e espero vê-la logo.

Havia se passado alguns dias desde que eu chegara a Chester. Eu não tinha saído muito de casa desde que cheguei e, quando saía, acabava na The Silent Bookshop. Ficar naqueles dois lugares era a maneira mais fácil de evitar encontrar as pessoas. Minha missão pessoal era evitar qualquer encontro com Momo e Jackson. Mas agora que Seokjin havia ligado, eu me obriguei a deixar meus dois refúgios e seguir para a oficina.

Depois de calçar os sapatos, saí e senti a brisa de verão acariciar meu rosto. Não havia nada como os verões quentes da Georgia e o jeito como as árvores explodiam em vários tons de verde.

Chester era uma cidade com tamanho perfeito, porque dava para fazer tudo a pé, embora a oficina de Sungjin parecesse um pouco mais fora de mão porque ficava bem na fronteira da cidade. Os Jeon's eram donos de muitos hectares de terra — não chegava perto das posses da minha família, mas eles tinham um terreno bem maior do que a maioria das pessoas. Em uma das pontas havia uma linda casa de dois andares e, no meio, ficava a oficina. Na frente dela, havia alguns veículos quebrados e enferrujados em cima de pneus como decoração.

Tinha ficado... fofo.

Uma placa de madeira indicava Sung’s Auto Shop bem na frente da construção.Ao lado da oficina, havia uma casinha pequena com alguns arbustos em volta. Não era nada de mais, mas tinha aquele ar fofo e caseiro.

Quando eu sonhava em ter filhos, sempre pensava que passaríamos as férias em uma casinha bonita como aquela todos os anos.

Abri a porta da frente da oficina e ela rangeu. Um sino soou em cima dela. Olhei em volta, mas não havia ninguém por lá. Fui até o balcão e toquei a sineta, esperando que alguém notasse minha chegada. Quando isso não aconteceu, comecei a andar pela oficina. Do nada, um grande labrador preto apareceu e veio caminhando na minha direção. Ele andava devagar, mas estava abanando o rabo.

— Você deve ser o cara que Jisoo mencionou — comentei, me abaixando para fazer carinho nele, que continuou abanando o rabo embora sua respiração estivesse ofegante, como se a curta caminhada o tivesse exaurido. Olhei para a coleira. Tucker. — Você é uma graça, Tucker — elogiei, antes de ele se levantar e seguir para sua caminha.

Que doce de cachorro.

— Olá? — chamei, mas ninguém respondeu. —Hmph.

Esperei um pouco mais na entrada da oficina até que ouvi uma batida alta. Segui até os fundos e vi uma porta aberta que levava a um quintal. As batidas ficaram cada vez mais altas quando passei pela porta, e ali, atrás de algumas árvores, havia um automóvel que parecia ter sido açoitado por um furacão algumas vezes.

Com uma pesada marreta, Jungkook batia no veículo, em cima dele. Ele estava ali sem camisa, e o suor escorria por seu corpo enquanto ele continuava batendo no carro sem parar. Cada músculo de seu corpo estava à mostra, e eu não pude deixar de notar. Como poderia? Jungkook podia ser o babaca da cidade, mas o corpo dele merecia ser venerado. Não era comum se deparar com homens tão bonitos como ele — pena que a personalidade não combinava em nada com a aparência.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora