━ Os caminhos de Lalisa e Jungkook acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem dei...
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Ele tinha perdido a porra da cabeça.
Cheguei à oficina, onde Jin estava se esforçando para conter a bebedeira do meu pai. Olhei em volta e vi vidro espalhado por todos os lados. Quando meus olhos pousaram no carro de Lisa, fiz uma careta. Todos os vidros estavam estilhaçados e o capô tinha marcas, provavelmente causadas pelo taco que Jin tentava arrancar das mãos de meu pai.
— Caralho! — resmunguei, correndo em direção a eles. — Pai, o que você está fazendo? — gritei.
— Eu disse para você tirar esta merda de carro da porra da minha oficina! — berrou ele, arrastando as palavras.
Segurei o taco e o arranquei da mão dele e o joguei para o lado. Nem tentei conversar com ele porque vi que não havia nem um brilho de lucidez em seus olhos. Ele estava a segundos de desmaiar. Na manhã seguinte, já não ia se lembrar de nada.
Havia muitos problemas com o que ele tinha feito com o carro de Lisa, mas a principal questão é que sua embriaguez tinha afetado mais do que apenas o carro dela. Ele tinha quebrado uma porção de coisas na oficina. Cada vez que eu respirava, ficava mais puto, enquanto segurava meu pai e o obrigava a ir embora.
Eu o levei para casa e o joguei em seu quarto, enquanto ele resmungava o tempo todo sobre os Manoban's e sobre como os odiava. Também reclamou de mim, sobre como eu sempre fui um problema na vida dele e, então, desmaiou.
Finalmente.
Quando voltei para a oficina, suspirei enquanto olhava à minha volta, com as mãos na cabeça. Jin já estava varrendo o vidro estilhaçado.
— Foi mal ter ligado para você, cara. Ele se descontrolou totalmente. Eu estava trabalhando no carro da Lisa e ele chegou e teve um ataque.
— É bem a cara dele — respondi com sarcasmo. — Não precisa limpar. Pode deixar comigo.
— Não. Não é nada demais.
— É, sim — gemi, olhando em volta. — Vamos gastar uma grana preta para consertar tudo. É claro que ele nem vai ficar sabendo do prejuízo que causou.
— Ele precisa de ajuda, cara. Tipo, ajuda de verdade, ou um dia ele vai acabar... — A voz de Jin morreu na garganta, mas eu sabia aonde ele queria chegar.
...morto.
Meu maior medo era receber aquela ligação, alguém dando a notícia de que meu pai estava morto e, a cada dia que passava, aquele medo parecia mais justificado.