➢ EPÍLOGO

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— Será que eu deveria estar tão nervosa assim? Não sei por que estou tão nervosa

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— Será que eu deveria estar tão nervosa assim? Não sei por que estou tão nervosa. — Alisei o vestido. — Eu estou gorda, não estou? — perguntei para Jennie. Então, eu me virei para a minha mãe. — Estou gorda, não estou?

— Você está linda — disse alguém.

Eu me virei e vi Sungjin parado na porta, encostado no batente.

— Desculpe, eu não queria interromper, mas estou fazendo meu papel. Sei
que você está com pouco tempo, mas eu queria saber se você poderia me dar um
minutinho para eu te dar um presente.

Alisei o vestido, sentindo o estômago contrair de nervosismo.

Ele estendeu a mão para mim e eu a peguei.

— Então, eu conheço a tradição do "uma coisa velha, uma coisa nova, uma
coisa emprestada e uma coisa azul" — começou Sungjin, enquanto seguíamos pelo
corredor e passávamos por portas duplas. — Mas eu achei que poderia ser uma
coisa rosa.

Diante de nós, havia um carro.

Não um carro qualquer, mas o meu carro. A minha Rosie cor-de-rosa com um
grande laçarote no alto.

— Sungjin. — Suspirei. — O que...

— Levou muito tempo — revelou ele, encolhendo os ombros. — E muitas
peças são novas, mas eu achei que depois de tudo que fiz você passar, eu poderia
pelo menos consertar o seu carro.

Fui até lá e passei os dedos no capô.

— Ela está linda. Eu nem sei como agradecer por isso.

— Não precisa agradecer. Você salvou o meu filho e, ao fazer isso, me salvou
também. Você é a mulher mais graciosa deste mundo, e nós temos muita sorte de
tê-la em nossas vidas.

Eu o puxei para um abraço.

— Estou muito feliz por você estar aqui hoje.

As palavras o atingiram em cheio, porque ele sabia o significado. Havia
tantos caminhos que Sungjin podia ter escolhido que fariam com que ele não
estivesse ali para celebrar o casamento do filho, e ainda assim ele estava ao meu
lado. Todos nós conseguimos atravessar a tempestade.

Todos nós sentíamos a luz do sol.

— Quer saber um segredo? — perguntou ele.

— Que segredo?

Ele abriu um sorriso exatamente igual ao do filho e fungou, enquanto olhava
para mim.

— Eu sempre quis ter uma filha.

Voltamos para a igreja e encontramos meu pai, que parecia estar me
procurando.

— Ah, aí está você, Lisa. Está na hora de começar.

Ele olhou para Sungjin e, por uma fração de segundo, senti a tensão. Os dois homens que amaram a mesma mulher estavam cara a cara.

O silêncio naquele momento foi ensurdecedor, mas, então, a magia
aconteceu.
Naquele momento, eles escolheram ficar do meu lado em vez de continuar
com a briga deles.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora