➢ CAPÍTULO 28

557 74 53
                                    

Passaram-se alguns dias desde que Jungkook tinha me pedido para deixá-lo em paz, e eu não tinha tido mais notícias até que ele foi ao meu canto na livraria no fim da tarde de quarta-feira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Passaram-se alguns dias desde que Jungkook tinha me pedido para deixá-lo em paz, e eu não tinha tido mais notícias até que ele foi ao meu canto na livraria no fim da tarde de quarta-feira.

— Oi — sussurrou ele, empertigado e com as mãos enfiadas nos bolsos do jeans preto.

— Oi — respondi baixinho.

— Eu queria pedir desculpas... — começou Jungkook, mas eu o interrompi.

— Não, sou eu que tenho que pedir desculpas. Você deixou claro que precisava de um tempo, e eu não ouvi, e sinto muito por isso. Você me pediu isso e eu não atendi.

Uma pessoa fez psiu para mim, mas quando viu o olhar intenso de Jungkook, disse um “Deixa pra lá”, levantou-se e foi embora.

Eu nunca tinha visto um olhar tão poderoso.

Ele passou a mão pela nuca e suspirou.

— Eu não sei lidar com pessoas querendo saber se estou bem. Eu reagi mal e só queria pedir desculpas pelo jeito como eu a tratei. Você merece mais.

— Está tudo bem. De verdade. Mas você está bem?

— Não — respondeu ele. — Mas isso é normal.

Eu gostaria que ele compreendesse que não havia nada de normal em não estar bem.

— Você pode conversar comigo, sabe? Sei que é contra as regras e tudo mais, Jungkook, mas você pode confiar em mim.

Olhei seu pomo de adão se mexer enquanto ele engolia em seco. Seu corpo começou a tremer. Ele abriu a boca para falar, mas seus olhos ficaram marejados antes que qualquer palavra saísse de sua boca. Ele se esforçou muito para controlar as lágrimas, mas, pelo jeito que seu corpo estremecia, ele estava prestes a perder aquela batalha.

Eu me levantei e me aproximei dele.

— O que foi? O que aconteceu?

Jungkook pigarreou, e seu lábio inferior tremeu.

— Tucker se foi.

— O quê? — arfei, pousando uma das mãos em seu braço. — Como assim, se foi? O que aconteceu?

— Ele... Hum... Ele morreu cinco dias atrás. Eu acordei, e ele nem conseguia andar. Eu o levei ao veterinário e ele me disse que era falência de órgãos. Disseram que não teria chegado ao fim da semana, então tive que tomar a decisão de sacrificá-lo.

SHAME - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora