Depois de correr por vários metros, parei quando cheguei em um lugar incrivelmente lindo; era um campo grande com flores que possuíam vários tons de vermelho.
Um sorriso simples surgiu em meu rosto e comecei a caminhar por aquele campo, perdida em pensamentos aleatórios e esquecendo de voltar a correr.
Só queria ter um momento meu novamente, sem ter que fugir de pessoas que não conheço e apenas parar e voltar a cuidar da minha pessoa.
Mas sei que isso não vai acontecer enquanto eu continuar nesse estado de correria, sem nem poder parar em um bar para tomar uma ou comer um frango assado.
Como queria que meu avô estivesse aqui para me ajudar a tacar o foda-se nessas porras e poder continuar a minha vida real de bosta.
Ele foi o único homem que eu confiei, até que meu pai o envenenou para que pudesse se tornar rei - até tentei impedir que isso acontecesse, mas minha mãe me impediu.
Enfim, deitei no meio daquelas rosas e fechei meus olhos, deixando que os pingos de chuvas caíssem no meu rosto e me concentrando no canto dos pássaros e o som do vento.
Sabia que seria descoberta a qualquer momento, mas não queria pensar nisso agora - afinal, isso iria acontecer de alguma forma.
– É lindo, não é?- A voz do loiro de bosta ecoou no meu ouvido, fazendo eu abrir meus olhos abruptamente.
"E parece que o momento chegou."- Pensei soltando um suspiro e levando a minha atenção para o loiro.
Ele estava deitado, também olhando para o céu, com sua expressão de sempre. Notei que seus olhos não possuíam brilho e que tinham o mesmo tom de algumas das flores.
"Até que esse bosta é bonito."- Afirmei mentalmente e me sentei.
– Sim.- Respondi sua pergunta e voltei a olhar para o campo.
– Já cansou de correr de mim?- Assenti com a cabeça.- Que bom.
– O que você tanto quer de mim? Porque se é para tirar a minha paz, saiba que conseguiu.- Fiquei de pé.
– Não é nada disso, idiota.- Disse ríspido.- Quero te fazer entender o perigo que estava prestes a passar no seu reino, mas parece que a senhorita não quer me ouvir.
– Pare de me chamar de senhorita.- Falei bravamente e levei minha atenção para o seu dragão que se aproximava.- Vamos, estou com fome.
Fui até o seu dragão, que bufou e se abaixou para que eu conseguisse subir nele, enquanto Katsuki se manteve deitado lá.
– Ele não vai embora até que eu mande!- Gritou e começou a gargalhar.
– Tá, - Dei de ombros e desci da criatura.- então vou seguir sozinha.
Quando tentei dar um passo na direção da floresta, senti braços fortes rodearem minha cintura e me tirar do chão. Olhei para trás e sorri de maneira convencida para Bakugou.
– Cala a boca!- Gritou e me jogou nas costas do dragão, fazendo eu soltar uma gargalhada desta vez.
Em seguida, ele subiu em cima da criatura, a qual se levantou, preparou o voo e segundos depois já estava sobrevoando aquele belo campo vermelho.
Me ajeitei de forma confortável e fiquei olhando as várias paisagens que se passavam, tirando fotos mentais de cada uma delas para não esquecer de nenhuma.
Repentinamente, Bakugou sentou ao meu lado. Notei que seu cabelo estava muito mais encharcado do que o meu - sinal de que ele estava me procurando desde que a chuva começou, mas por quê?
Sinto que, o que ele disse antes sobre isso, é apenas um papo furado para eu parar de insistir nesse assunto. No entanto, precisa de muito mais que isso para me convencer.
Mas iria comentar sobre isso mais tarde, o que eu mais quero agora é comer alguma coisa e tirar um baita de um sono - ou até hibernar.
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"Em Um Reino Distante..."
Fanfic🥇#katsuki 🥇#medieval 🥇#katsukibakugou 🥇#bakugou Um conto de fadas? Uma princesa delicada? Um príncipe que a resgata? "Não, porra. Aqui não é a Disney!" Uma história vinda Mundo Medieval, um lugar cheio de magias e coisas estranhas. Esse, é um...