Parece que meus cálculos estavam errados, pois acabei caindo de costas no teto da casa, quebrando o mesmo e parando em dentro da cozinha da moradia.
Por algum milagre, não perdi a consciência, mas isso fez com que eu sentisse as dores da queda e pudesse ver Bakugou passar com o seu dragão por cima da casa, sem me perceber na mesma.
Tentei me levantar, falhei. Tentei me rastejar, falhei. Então vai tomar no cu.
Fiquei ali jogada, parecendo uma perereca atropelada, porque tudo o que eu tentava fazer não dava certo - sentia fome e cansaço, e tudo só piorou quando começou a chover.
"Pelo jeito, esse é o meu fim."- Pensei fechando os olhos, mas repentinamente alguém abriu a porta.
- Puta merda! Quem é você sua vagabunda?! Olha o que tu fez com o meu telhado!- Uma velhinha gritou entrando na casa e parando perto de mim.- Princesa?!
- Não consigo nem morrer em paz.- Murmurei escutando ela correr com sua bengala de um lado para o outro.
Era engraçado o barulho que fazia, principalmente porque ela ficava resmungando coisas aleatórias e reclamando por tudo - até de si mesma.
Repentinamente, comecei a flutuar e fui levada para um cômodo diferente. Não conseguia me mexer e, quando tentava, sentia dores maiores que antes.
- Fique parada, Querida.- A mais velha disse com gentileza enquanto me deitava delicadamente na cama.- Eu irei cuidar dos seus ferimentos.
Senti meu coração se aqueceu com aquela fala, por isso fiquei quieta e apenas mexi a minha cabeça e os meus olhos.
A velha saiu e depois voltou com um frasco de uma poção de cor verde e um copo, me fazendo ficar desconfiada.
- A cor verde simboliza cura, então é desse tom que devo lhe servir.- Disse enchendo o copo e depois me ajudando a tomar a poção.
No início, o gosto era azedo e fazia eu querer botar para fora tudo o que nem tinha comido no dia, mas conforme eu ia me acostumando ficou mais docinho.
- Pronto, agora é só esperar.- Deixou o copo e a poção em uma velha mesa de cabeceira.- Vou fazer a nossa comida, porque pelo jeito você não comeu nada até agora.
E então ela saiu do quarto, me deixando ali, olhando para o teto igual uma retardada. Até que comecei a sentir uma forte energia no meu corpo e algumas coisas começaram a mudar.
Com isso, comecei a sentir um baita cansaço e assim que dei uma rápida fechada nos meus olhos, peguei no sono.
☁︎~~~☁︎~~~☁︎
Acordei com batidas fortes na porta da frente e então me sentei na cama, notando com supressão que as dores realmente haviam sumido.
Mas não estava mais me importando com isso quando ouvi uma voz masculina muito conhecida, a qual parecia estar conversando com a velhinha.
Nisso, repentinamente um gato entrou no quarto e pulou na cama.
- É melhor você sair daqui, Princesa.- Falou o gato, me fazendo ficar com os olhos esbugalhados.- Não faça essa cara, odeio isso.
- Tá legal.- Murmurei.- O loiro se bosta está aí?
- Sim, e a velha pediu para eu vir te avisar para vazar antes que ele decida investigar a casa.- Se sentou e começou a lamber uma de suas patas.
- Beleza.- Me levantei.- Diga que mandei um abração para ela.
- Vá logo.- Resmungou.
Andei até a janela, abri-a e pulei para fora da casa, começando a correr pela chuva na direção da floresta assim que senti meus pés tocarem o chão lamacento.
Voltei para a estaca zero - estava correndo novamente para longe daquele loiro de bosta.
Afinal, os problemas me perseguem, e eu continuo fugindo deles - porque é muito melhor fazer isso do que bater de frente com os mesmos sem nunca estar preparada.
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"Em Um Reino Distante..."
Fiksi Penggemar🥇#katsuki 🥇#medieval 🥇#katsukibakugou 🥇#bakugou Um conto de fadas? Uma princesa delicada? Um príncipe que a resgata? "Não, porra. Aqui não é a Disney!" Uma história vinda Mundo Medieval, um lugar cheio de magias e coisas estranhas. Esse, é um...