5° Capítulo

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Já fazia alguns minutos que eu estava naquela passagem, parei em poucos momentos para descansar e em seguida continuei engatinhando.

Ainda dava de ouvir pessoas falando de mim com desespero, como se eu estivesse engatinhando por dentro do castelo - o que seria muito estranho e incrível ao mesmo tempo.

E então, cheguei ao final do buraco, onde havia uma porta de madeira muito mal feita que foi só tocar que a mesma desengatou e caiu, dando visão para o lado de fora.

Dava de ver todo o reino dali.

Confesso que achei ele magnífico, tendo como mais maravilhoso a visão das crianças correndo e brincando com as palhas perto do castelo - algo que meus pais não deixavam nem eu mesma fazer.

Nisso, eu tive uma ideia.

Assoviei para as crianças, as quais rapidamente se viraram para mim e ficaram uma expressão engraçada de confusos.

Apontei para elas, depois para as palhas, em seguida para o chão embaixo de mim, ficando surpresa por terem entendido rapidamente a minha ideia.

Em segundos, já havia um monte de palhas e até alguns fenos. Uma das crianças experimentou para ver se estava macio, depois mandou um "positivo" com uma das mãos para mim.

Então pulei, ficando surpresa com a maciez que havia naquela palha. Olhei para as crianças e começamos a rir sem parar, em seguida agradeci elas e saí correndo.

Com isso, notei que a minha vida estava literalmente se tornando uma correria e que agora teria que implorar para ter um momento de paz, sem nada que interrompa.

Por exemplo, nesse momento já tem uma carrada de pessoas do castelo correndo atrás de mim, então pulei uma cerca e corri pelo belo gramado cheio de belos cavalos.

Os caras, antes atrás de mim, agora estavam parados, deve ser porque só depois de um tempo eu percebi que esses cavalos eram selvagens - tudo culpa do desespero.

Mas por incrível que pareça, eles não vieram na minha direção, mas sim para a cerca por onde aqueles homens tentavam passar.

Nessa hora, eu já estava rindo sem parar, até que ouvi um barulho alto acima de mim. Era Bakugou em cima do seu dragão, me encarando com raiva e desgosto.

Eu sorri para ele e comecei a correr mais rápido ainda, notando que logo a frente havia um riacho, no qual pulei assim que me aproximei o bastante.

Aproveitando o embalo de estar ali embaixo, agarrei um peixe e depois comecei a nadar. Se não fosse pelas coisas que o meu avô me ensinou, eu já estaria sequelada.

De lá de baixo, eu pude escutar os baitas palavreados que Bakugou mandava para mim, mas eu continuei nadando para o mais longe possível. Até que quando voltei para a superfície, percebi que estava perto de uma cachoeira.

- Me fudi.- Falei antes de cair.

Se fosse para eu morrer assim, que seja, porque até que foi legal ter passado por toda essa tensão e aventura, pois eram coisas que eu queria ter vivido desde pequena.

Nisso, eu fui por água abaixo, mas antes que eu pudesse sentir o impacto da água no meu corpo, braços estranhos surgiram de trás da cachoeira e me agarraram, levando eu para dentro de uma caverna.

"Toma no cu."- Pensei dando uma cotovelada no rosto de seja lá quem fosse, fazendo com que me soltasse.

- Nossa, Princesa. Não imaginei que fosse tão forte.- Uma voz masculina desconhecida falou.

- Por que eu só me encontro com homens?- Perguntei baixinho para mim mesma e me virou.

Era um homem loiro com olhos amarelos, que poderia ser dito como normal se não tivesse asas e se suas roupas não fossem tão...espera...

- VOCÊ ESTÁ PELADO!- Gritei tapando os olhos.

- Muito prazer, meu nome é Keigo Takami.- Ele disse despreocupado.

Continuei com os olhos tapados, mas preparada para o caso daquele homem moribundo tentar me tocar ou coisa pior.

"Em Um Reino Distante..."Onde histórias criam vida. Descubra agora