"Em Um Reino Distante..."

22° Capítulo

Quando chegamos no palácio, pudemos ver de lá de cima os pais de Katsuki, Meggy e alguns guardas na frente do mesmo.

E assim que pousamos, eles vieram na nossa direção, os pais irritados e gritando e pedindo explicações ao loiro, enquanto Meggy estava ali apenas para rir baixinho de nós.

Os guardas, provavelmente, eram para o caso de segurança, pois não estavam fazendo nada.

Eu e Katsuki descemos do dragão, mas apenas para mim foi dito que poderia ir para dentro do castelo, só que não obedeci. Afinal, fui eu que convenci o loiro a fugir.

Por isso, fiquei ali ao lado dele, ouvindo tudo que seus pais diziam ao mesmo. Até que tentei confrontá-los, então me pegaram pelos braços e me puxaram para o castelo.

Bakugou, de longe, me olhava triste.

Mais tarde eu terei que pedir desculpas e conversar com ele, porque aquilo que a bruxa falou foi muito estranho.

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Me jogaram no meu quarto e trancaram o mesmo, mas dessa vez eu não iria sair - até queria isso, assim ninguém vai me incomodar até um tempo.

Fui até o guarda roupa para verificar se havia algo para mim usar e me surpreendi ao ver um monte de vestidos, então escolhi um e corri para o banheiro do quarto.

A partir disso, mais uma coisa me deixou surpresa. Como eu não havia entrado no banheiro, fiquei reparando cada coisa do mesmo, pois haviam vários detalhes em todos os lugares.

Mas o que mais satisfez a minha vontade, foi a banheira, a qual me encontrei dentro da mesma minutos depois; confesso que era extremamente relaxante.

No entanto, novamente interromperam a minha paz, dessa vez foi o estrondo da porta do quarto ao ser fechada com agressividade por alguém.

Em seguida, Katsuki entrou chorando e super irritado no banheiro, fazendo eu me esconder rapidamente embaixo da espuma que o sabão havia feito na banheira.

O loiro ficou andando de um lado para o outro, me deixando mais assustada a cada minuto que se passava.

Nisso, pedi para que ele se sentasse no chão perto da banheira, e ele obedeceu. Fiquei olhando para o loiro daquele jeito por um tempo, sabendo que aquilo era culpa minha.

Se nós tivéssemos ficado no castelo, ele apenas estaria um pouco bravo por seus pais terem contado do mesmo ter xingado a filha da puta da Meggy, mas não... eu tive que ter dado aquela ideia.

Comecei a fazer uma massagem nele, na tentativa de tentar acalmá-lo, mas o loiro tirou as mãos dos seus ombros assim que as sentiu nos mesmos.

Me senti mal por não poder ajudá-lo, porque se eu perguntasse o que houve, a situação só poderia piorar, e o que estou tentando agora, parece não adiantar.

Então só fiquei ali ao lado dele, escutando seu choro que fazia doer até o fundo da minha alma e as vezes limpando algumas lágrimas que estavam prestes a cair de seus olhos.

- Eles disseram que eu sou uma decepção.- O loiro murmurou.- É verdade, não é?

- Claro que não.- Ele me olhou.

- Mas por que só você me diz isso? Por que meus pais não pensam a mesma coisa?

- Porque não batem muito bem da cabeça.- Sorri simples.- Um dia meu avô me disse: "Nunca perca a sua essência, a vida é sobre o que você é e nunca sobre o que acham de você".

- E o que isso quer dizer?

- Não vou te contar, apenas siga essa frase e irá descobrir.- Me ajeitei melhor na banheira.- Poderia alcançar a toalha.

- Claro.- Obedeceu.

Ele ficou de costas para mim e até tampo os olhos com as mãos para que eu me secasse e colocasse o meu vestido. Depois, assim que sentei ao seu lado, o loiro voltou a me olhar.

Foi então que, repentinamente, a luz do banheiro se apagou, fazendo nós nos levarmos um susto e só vermos as coisas a partir da luz da lua - a qual entrava por uma pequena janela acima da banheira.

- É estranho eu querer te beijar toda hora?- Ele me perguntou e fungou o nariz.