9° Capítulo

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Assim que chegamos no castelo do Bakugou, todos os empregados e os que possivelmente eram seus pais, olharam para mim com uma expressão de assustados.

- Guiem ela para a sala de jantar imediatamente!- A rainha gritou, e duas empregadas vieram na minha direção.

Elas seguraram as minhas mãos e me puxaram na direção de algum lugar, e eu simplesmente as acompanhei sem reclamar - porra, se tratava de comida, quem iria recusar?

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Nesse momento, estou vivendo alguma coisa boa nessa noite desse dia cheio de conflitos. Estou sentada em uma mesa de madeira na cozinha do Palácio, comendo tudo que aqueles cozinheiros me davam.

- Não era para eu estar na sala de jantar?- Perguntei de boca cheia, levando uma colherada na cabeça de uma cozinheira: a Aila.

- Sim, mas aqui é melhor, as coisas já saem prontas.- A mulher respondeu, e eu comecei a rir.

- Essa é a melhor coisa que está acontecendo hoje, porque de resto só me vi correndo.- Sorri simples.

- Sabemos disso, porque alguns guardas que voltaram para o castelo disseram que a senhorita corre mais que onça.- Disse uma das empregadas que me trouxe para a cozinha: Cateline.

Ficamos conversando até que começamos a escutar uma baita gritaria se aproximando, rapidamente os cozinheiros fizeram sinais com uma das mãos para que eu saísse de cima da mesa e me escondesse em algum lugar.

Nisso, fui na direção de uma pia e me juntei às panelas de baixo da mesma. No mesmo momento, a porta se abriu abruptamente e a gritaria parou.

- Onde está a {Nome}?- Bakugou perguntou.

Sua voz foi abafada por conta do lugar em que eu estava, mas ainda dava de perceber o quão mortal ela soou. Engoli em seco e me segurei para não me mijar de medo.

- Não sabemos, Príncipe.- Aila falou, e os outros concordaram.

- Era para ela estar na sala de jantar, mas não estava.- Disse se segurando para não ser ríspido.- Pelo menos me digam onde foi que a viram pela última vez.

- Na sala de jogos.- A outra empregada, Alba, comentou.

- Tá bom, se virem ela novamente, me chamem, porque eu não aguento mais ouvir a minha mãe implicando sobre isso.- O loiro finalizou e depois fechou a porta.

Minutos depois, quando tudo pareceu mais tranquilo, o cozinheiro Frederico começou a rir desesperadamente - para mim isso foi um sinal de que eu poderia sair.

E então, todos nós começamos a rir.

- É melhor você tentar encontrar ele no caminho.- Alba disse entre risos, e eu concordei com a cabeça.

- Mas por onde eu vou?- Cruzei meus braços.

- Saia por esse outro lado, siga reto e em seguida vire na primeira entrada para a direita, depois é só ir.- Aila explicou, e eu fui até a porta.- Vá correndo.

- Tá bom.- "E lá vamos nós de novo".

Corri pelos lugares que eles me indicaram e, como esperado, encontrei Bakugou no caminho. Ele ficou parado e cruzou os braços enquanto eu chegava perto do mesmo.

- Por que estava correndo?- Arqueou uma sobrancelha.

- Porque eu queria conhecer esse grande castelo o mais rápido possível, mas até agora só consegui a metade.- Menti enquanto recuperava o fôlego.

- Tá.- Deu de ombros.- Me siga, vou te levar para o seu novo quarto.

E lá fui eu seguir o loiro de bosta, que com certeza deve ter reservado um quarto com vários tipos de proteções para eu ficar - só espero que ele não me deixe trancada lá para sempre.

No caminho, encontrei alguns guardas que estavam correndo atrás de mim. Muitos estavam machucados e possuíam até as marcas dos coices dos cavalos em suas armaduras.

Não liguei, porque se tivessem deixado-me sentir a sensação de ser livre, eu teria voltado por conta própria. Mas não, eles me perseguiram.

"Em Um Reino Distante..."Onde histórias criam vida. Descubra agora