"Em Um Reino Distante..."

10° Capítulo

Katsuki me levou até o meu novo quarto e depois deu espaço para que eu pudesse me acostumar com o mesmo.

Não estava me importando com as coisas chiques que aquele cômodo possuía, mas sim com a macia cama, a qual me fez pegar no sono assim que deitei.

Sendo contado por:
Katsuki Bakugou.

Fiquei esperando ela terminar de se aventurar pelo quarto, até que percebi que tudo silenciou.

Temendo que ela tivesse escapado de alguma maneira de novo, dei uma espiada rápida no dormitório, vendo a mesma dormindo tranquilamente.

Nisso, escutei alguém forçar uma tosse atrás de mim; era a minha mãe, Mitsuki.

- Como ela está?- A mais velha perguntou entrando no cômodo.

- Bem, eu acho.- Entrei logo atrás dela.- Você tinha que ver a velocidade em que ela corria, além de sua esperteza e inteligência.

- Não é à toa que ela se criou com o próprio avô dela.- Sentou-se na beirada da cama e fez carinho nos cabelos {Cor do Cabelo} da jovem.- Já contou para ela?

- Não, tenho medo dela não acreditar ou ser um baque muito forte para a cabeça dela,- Cruzei os meus braços.- principalmente porque pensa que somos monstros.

- Algo esperado, já que acabamos com o reino dela.- Soltou um suspiro.- Foi por algo bom, e um dia ela vai entender isso.

- É.- Murmurei.- Vamos deixar ela dormir.

- Sim.- Se levantou de cama.

Saímos do quarto e fomos para a sala de estar, onde meu pai, Masaru, estava. O homem estava olhando fixamente para o chão, como se estivesse pensando.

Mas quando percebeu a nossa presença, se recompôs e sorriu para nós. Minha mãe sentou ao seu lado no sofá, e eu na poltrona ali perto.

Eles começaram a cochichar um para o outro e depois ambos fizeram caras de pensativos. Eu continuei boiando, esperando eles me explicarem o motivo dessas expressões.

Até que finalmente eles olharam para mim e sorriram de maneira desajeitada.

- Desembuchem.- Afirmei.

- Descobrimos que ainda continuam acontecendo assassinatos no nosso reino.- Minha mãe murmurou, e eu franzi o cenho desentendido.

"Como isso poderia acontecer se matamos todas aquelas pessoas?"- Pensei e passei as mãos pelos meus cabelos.

- Acho que temos muitas mortes para provocar ainda.- Meu pai disse se levantando.- Mas qual reino será desta vez?

- Não tem nenhum que pareça suspeito?- Mitsuki perguntou.

- Tem sim.- O guarda Hakon falou entrando na sala.- E nesse também tem uma princesa.

- Qual seria?- A mulher se levantou rapidamente.

- Reino de Raz, próximo de Betterburg.- Explicou.

- Que no caso, foi o último que atacamos.- Resmunguei me lembrando de {Nome} no mesmo momento.

- Sim.- Hakon assentiu.

- Bom, agora precisamos que alguém se infiltre para confirmarmos e no final-

- ...acabarmos com isso.- Dissemos em uníssono, interrompendo a fala de meu pai.

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Recentemente terminamos de jantar, agora cada um está indo dormir em seu quarto. Nisso, aproveitei o embalo para ver como {Nome} estava.

Parei em frente a porta do seu quarto e depois comecei a abri-la lentamente, ficando aliviado por ver que a princesa ainda estava ali.

No entanto, sentia que havia algo de muito estranho ali. Então entrei em seu quarto, comecei a me aproximar da cama e quando fui puxar a coberta, escutei um barulho atrás de mim.

Rapidamente me virei e segurei o pulso da princesa, a qual possuía uma panela em sua mão e estava pronta para me acertar com a mesma.

Seus olhos estavam brilhando assim como os de um felino em meio a escuridão daquele quarto, além de que, para deixar o clima mais tenso, ela começou a rosnar de um jeito tenebroso.

"Essa idiota deve ter bebido o que aquela bruxa lhe serviu."- Pensei e chutei a barriga da princesa, jogando-a para um canto do quarto.

Já havia visto outras pessoas passando pela mesma coisa que {Nome}, só que de forma diferente.

A porção verde não só cura a pessoa que a bebe, também liberta o animal interior que tal sujeito possui. Dependendo de qual seja, pode ser agressivo e perigoso.

E o pior de tudo, é que o efeito dela dura por - no máximo - três dias, além de que a princesa parecia estar se tornando uma pantera.