Purple Eyes - Dramort

Capítulo 39

Eu realmente sinto muito por quem ficou esperando os capítulos, nas últimas semanas não consegui escrever nem lista de mercado, eu espero estar voltando agora e conseguindo escrever mais vezes.

Espero que gostem ❤️

"Minha alma

transborda

cansaço" ~a.

Memphis, Tennessee

11 de junho

As manhãs já não eram mais agradáveis pro Draco, já fazia algum tempo que ele não se sentia bem ao despertar, mas naquele dia depois de usar os seus poderes e toda uma noite de chuva na cidade, acordou se sentindo estranhamente bem com ele mesmo; como se por um momento o mundo fosse normal novamente, e ele não estivesse morrendo.

Ele levantou naquele dia mais disposto do que vinha se sentindo ultimamente, Tom já não estava deitado, e o quarto já parecia estar arrumado como se eles não fossem demorar para saírem dali, mas pelo jeito que as malas estavam, parecia que os dois não estavam realmente indo pro mesmo lugar.

- Eu acho que vamos conversar não é? -o loiro perguntou se sentando na poltrona perto da janela, e pegando na mão do moreno os comprimidos que tomava todos os dias desde que passou um tempo no hospital.

- O seu destino já foi escrito a tanto tempo Draco, mas a cada dia que passo ao seu lado vejo que você vai fazer coisas ainda maiores e também sei que em momentos você tem que fazer as suas próprias decisões. -Tom falou calmo, o seu rosto estava sereno como sempre e ele não parecia demonstrar que alguma coisa incomodava ele.

- Você diz que eu devo escolher o meu caminho, e o que acontecera com você e as vampiras que se juntaram a nossa causa? -Draco perguntou jogando o cabelo pra trás e começando a mexer no seu colar.

- Tanto eu quanto elas, entregamos nossas vidas a você, o que acontece a seguir é decisão sua e se você quiser será feito. -o moreno falou entregando um copo de suco de laranja e saiu do quarto, deixando Draco sozinho, não só com os seus pensamentos, mas também para tomar as suas decisões.

Aquela não era a primeira vez que o loiro tomava uma decisão que envolvia o Tom, mas era a primeira vez que tinha o poder e a chance de escolher se iria ficar longe ou perto dele, estava em suas mãos o poder de decidir a vida de outras pessoas que iriam aceitar os seus novos destinos sem questionar.

Draco se levantou irritado por não conseguir pensar, mas no momento em que ficou de pé sentiu tudo a sua volta rodar, fazendo ele ir de encontro com o chão, fazendo o copo que estava em sua mão quebrar e cortar a mesma; o ex Anjo entrou correndo no quarto e indo rápido até o loiro, afastou os cacos da mão, vendo que tinha um corte grande, mas não profundo.

- Você tem que tomar cuidado, poderia ter sido mais grave, o colar vai curar, mas não quer dizer que não vai machucar. -Tom falou cobrindo a mão com a sua, e então depois abriu revelando que não tinha mais o corte.

- Obrigada. -o loiro falou sincero, segurando a mão que estava suja com o sangue mesmo, e olhou fundo naqueles olhos azuis como a muito tempo não fazia e mergulhou dentro dele, mas agora de forma diferente onde não estava em um lugar vazio.

Draco estava vendo as lembranças, mas não sabia dizer o porque aquelas em especial, em todas ele estava presente, a maioria delas mostrava momentos comuns como andar na praia, ver o pôr do sol ou observar ele dormindo, e só então apareceu naquele lugar completamente vazio.

- Por que está me agradecendo? Eu que sou grato, meu Senhor. -Tom falou vendo a sua graça brilhar no colar como aconteceu na última vez que se ligaram daquela forma, e então em um momento de distração foi surpreendido pelo loiro se jogando em seus braços.

- Obrigada, porque agora eu não estou mais sozinho. -Draco falou baixo sentindo braços rodearem a sua cintura não só de um jeito protetor, mas também com amor, que mesmo não sendo dito todos os dias estava presente em todos os atos.

Amara andou até o fim daquele corredor e quando parou em frente a porta, a mesma foi aberta por dois anjos que ela não conhecia e não fazia questão de conhecer, assim que entrou na sala observou como os Anjos que estavam em pé em volta da mesa e Deus parecia estar no limite, e no momento em que entrou e se sentou em uma das pontas da mesa, foi o sinal de que eles estavam prontos para começar.

- Essa reunião não é como todas as outras, o mundo não é mais o mesmo. -Deus falou de início atraindo toda a atenção para si, sua voz demonstrava preocupação e talvez até mesmo medo.

- Como assim o mundo não mais o mesmo? Já passamos pelo dilúvio, apocalipse, leviatãs, a Escuridão e por que somente agora você parece preocupado com o mundo? -um dos Anjos perguntou depois de um tempo onde todos ficaram em silêncio.

- Deus está com medo porque agora diferente das outras vezes não é um dos tão confiáveis filhos dele que está destruindo o mundo, esse medo vem pelo fato de que o mundo está começando a ruir por causa do meu filho. -Amara falou sorrindo de lado, tendo a certeza do que estava falando quando todos ficaram em silêncio.

- O filho da Escuridão está destruindo o mundo? Como isso é possível? -um dos Anjos perguntou encarando Castiel que estava em silêncio até aquele momento, mesmo que fosse a pessoa que mais tinha conhecimento sobre aquele caso ali.

- Ele não está destruindo o mundo por simplesmente ser filho da Escuridão, está destruindo o mundo por ser a pessoa escolhida, mas tantos poderes juntos em uma única pessoa é poder demais. -o moreno de olhos claros falou tomando cuidado com as palavras já que tinha certeza do que aconteceria no momento em que ofendesse a garota.

- Ele ainda é jovem e muita coisa está acontecendo de uma única vez, Draco está aprendendo e se preparando, o mundo vai sobreviver até que ele esteja pronto para tomar o seu lugar. -Amara falou se levantando e saindo da sala de reunião tendo certeza de que já estava na hora de ir visitar o seu filho e revelar algumas coisas que estavam para acontecer.

Depois do tempo em que ficou na terra esperando ser notada e confrontada por Deus, a Escuridão não tinha mais o costume de ficar entre os humanos, depois de passar a viver no céu com os Anjos, as únicas vez que ia a terra eram com propósitos de estar em missão ou para ver e ajudar o seu filho. E pensar que naquele momento estava se preparando para ir até a terra resolver um problema que envolvia os humanos se deu conta de que a pouco tempo estava matando eles e não ajudando, e em como a sua vida tinha dado uma reviravolta que surpreendia principalmente ela mesmo.