Capítulo 12 - Sobre a intensidade dos toques

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Depois de ouvir da boca de Evan que ele ainda me amava, as coisas se complicaram um pouco, na minha cabeça e no meu coração. Isso, porque, para quem estava no fundo do poço há pouco dias, eu estava bem demais.

Vic me disse que não era saudável que meu emocional dependesse de Evan dessa forma. Mas, sinceramente, depois de tudo aquilo, meio que já era tarde. Se ele me magoasse, eu cairia no meu próprio poço de novo. E se mantivesse a paz, eu estava no paraíso.

Era sexta-feira, e eu estava em uma sessão de autógrafos de uma escritora e amiga, que sempre estava nos eventos que eu ia. Havia lido o livro dela nos últimos dias, que era sobre uma jovem portadora de uma doença muito rara que queria muito viver um amor de filme antes de morrer.

Devorei aquele livro em três dias, e chorei no final. E enquanto a autora lia alguns trechos e falava sobre a história, só consegui pensar em Evan. E se eu estivesse surtando demais com essa história entre nós dois, e não estivesse me permitindo viver de novo algo que em algum momento me fez tão bem?

Porque, apesar dos pesares, nunca senti algo tão intenso por alguém, como senti por Evan. E sabia que aquilo era único.

Ele havia mudado com o tempo, estava totalmente diferente. Então, e se eu simplesmente me deixasse levar de novo, me entregasse e vivesse cada parte desse amor, agora de verdade?

Aquela história me fez pensar, sobre o quanto a vida era curta demais para não me deixar viver algo tão intenso.

E seguindo essa linha de pensamento, todos os contras em voltar com Evan foram lentamente desaparecendo da minha cabeça. E depois de beber duas taças de vinho no after da sessão, recebi uma mensagem de voz justo dele. Fui até o banheiro para escutar com clareza.

— Acabei de ver seu story, e você tá muito bonita com esse blazer e esse penteado. Tá muito cara de escritora famosa, culta e artística. — disse ele no áudio. — Estava pensando, tá afim de sair pra jantar comigo amanhã?

Mordi o lábio inferior após ouvir sua mensagem. Sua voz fez meu estômago borbulhar, e de repente, só tinha um lugar em que eu queria estar.

Após sair do banheiro, passei pelo bar e peguei uma garrafa de vinho, colocando-a no bolso de dentro do meu enorme blazer. E eu saí tão rápido daquela livraria, que quase me esqueci de me despedir da anfitriã do evento. No caminho, sorria sozinha, pensando na reação que ele teria quando me recebesse de surpresa.

De táxi, fui até ao prédio em que Evan morava, e o porteiro me deixou subir. Toquei sua campainha e esperei. E em menos de um minuto, a porta se abriu, e na minha frente, Evan apareceu, com uma cara de sono, uma camiseta velha do Nirvana, e uma calça de moletom.

— Meu Deus. Isso é um sonho, devaneio ou alucinação? — perguntou.

— É um pesadelo. — sorri, erguendo a garrafa. — E hoje eu sou o diabo.

Meus planos eram entrar, beber um vinho e depois dar uns beijos. Mas, por alguma razão, vinho sempre me acendia demais, e foi só vê-lo, que meu corpo todo se acendeu junto, e tudo o que eu queria, era derrubar ele no chão e arrancar todas as suas roupas.

O beijei em um impulso, agarrando-o, sendo correspondida quando seus braços seguraram minha cintura por dentro do blazer.

Evan chutou a porta e foi me puxando para dentro do apartamento, me empurrando enquanto não desgrudava seus lábios dos meus, até chegar no sofá, onde ele se sentou, me puxou pela roupa para cima dele. Larguei a garrafa de vinho na mesa ao lado do sofá, e tornei a beijá-lo, agarrando seus cabelos, enquanto o senti invadir minhas roupas com suas mãos quentes.

Meu blazer foi parar no chão. Minha camiseta foi retirada às pressas, e meu sutiã arrancado e jogado em algum canto da sala. Meu penteado se desfez quando Evan emaranhou sua mão entre meus cabelos e puxou o elástico que o prendia, soltando e me descabelando, enquanto levou seus lábios até meus seios.

🎼A SINFONIA DO FIM🎼 Evan PetersOnde histórias criam vida. Descubra agora