Sabe aqueles momentos em que a vida parece só um filme com uma ótima trilha sonora, e tudo o que você quer fazer é fechar os olhos, dançar e aproveitar?
Quando tudo ao redor deixa de existir, e você é tomado por uma felicidade devastadora e única, que te move, e você sente... Você sente aquela energia ardente correndo pelo seu corpo como se fosse ácido injetado diretamente nas suas veias, sentindo seu corpo todo vibrando junto com a música que invade seus ouvidos, seu cérebro, e controla tudo... Sabe essa sensação?
Eu tinha me esquecido de como essa sensação era boa. Era assim que descrevia a vibe do MDMA no seu clímax.
Tudo simplesmente era música, 130bpm, corpo suando, e uma euforia te rasgando de dentro pra fora.
E lá estava eu, dançando no meio de uma multidão de pessoas, sem me lembrar muito além de apenas a letra da música que tocava, enquanto eu pulava, gritava meus pulmões para fora e sentia a vida como se fosse tudo sobre aquele pequeno momento de loucura.
Quando a música acabou, caminhei pela multidão até encontrar o banheiro, parando na fila, acendendo um cigaro e batendo papo com a menina a minha frente. Até que levei um susto.
— Meu Deus! Finalmente te achamos! — exclamou Victoria, aparecendo de repente, segurando meus ombros com força e me fazendo derrubar o cigarro no chão.
— Aí! — exclamei, me abaixando para pegar meu cigarro e levantando de volta, encontrando Evan. — Evan!! Meu amor!
— Liz, acho que já deu por hoje, não acha? — indagou ele, recuando à minha tentativa de abraço e me segurando pela cintura.
— O quê? — indaguei. — Claro que não! Recém, chegamos!
— Fazem cinco horas que estamos aqui. — disse Vic. — Nós te perdemos fazem duas.
— Como assim? Eu estava bem aqui! — apontei para a pista onde dançava. — A gente devia ir até lá!
Fui puxar Evan pela mão, mas ele me puxou de volta, colocando a mão na minha bolsa. — O que está fazendo, amor?
— Por que você não atendia? — indagou Vic.
— Tem trinta chamadas perdidas, Elizabeth. — disse Evan.
— Eu nem ouvi. — sorri. — Olha, escuta.
Puxei as mãos de Vic e Evan e as coloquei sobre meu peito. — Meus batimentos estão muito rápidos! Eu sinto vibrar!
Vic puxou a mão pra si, bufando, irritada. — Já chega.
— O que aconteceu? — indaguei, puxando-a e vendo-a desviar do meu toque de forma um tanto violenta. — O que eu fiz?
— Você tá insuportável hoje! — ela exclamou, me olhando nos olhos, se aproximando e colocando sua mão no meu rosto, abrindo meu olho com agressividade. — Eu sabia!
— Ai! — exclamei, estapeando sua mão. — Tá me machucando assim.
— Você tomou MD. — ela disse, brava. — De novo essa merda, Elizabeth?
— Qual o problema? — indaguei, confusa. — Tomei bem pouco.
— Tomou o pacote todo. — Evan se intrometeu. — E depois desapareceu!
— Eu estava com vocês o tempo todo!
— Não estava! — disseram em uníssono.
— Você sumiu, e a gente estava muito preocupado com você! — exclamou Evan.
— Não era tão difícil pegar o celular e nos responder! — gritou Victoria, muito irritada. — Tem noção do quanto estávamos preocupados? Porra Elizabeth, você sempre dá dessas!
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🎼A SINFONIA DO FIM🎼 Evan Peters
Roman d'amourElizabeth e Evan viveram um grande romance no passado. Romance este, cujo o término inspirou a primeira obra publicada da jovem escritora, "A Sinfonia do Fim". Anos após o lançamento, Evan descobre a existência deste livro, e o lendo, acaba dando de...