Narrado por Evan:
Acordei no meio da madrugada pela terceira vez na semana, sabendo que tinha despertado porque rolei na cama e não senti Elizabeth do outro lado.
Suspirei, vendo que estava sozinho no quarto, e me levantei, indo para a sala e a encontrando de pé olhando para a janela, com o computador aberto em cima do banco estofado no batente da janela. Ela bebia um energético e sussurrava sozinha. Percebi que ela estava com os fones bluetooth e nem havia percebido que eu estava bem atrás dela.
Me aproximei e agarrei seus ombros, beijando sua cabeça e vendo-a se assustar.
— Caralho Evan! — exclamou, tirando os fones e se virando para mim. — Pra que me assustar assim?
— O que você faz acordada às 4h da manhã. De novo? — indaguei, segurando seu rosto e mexendo nas suas bochechas. — Olha essas olheiras, garota.
— Escrevendo. — ela disse, abrindo um sorrisinho. Abri bem seus olhos, percebendo que ela estava com as pupilas dilatadas. De novo. — Estou inspirada!
— Mas precisa ficar acordada até essa hora? — indaguei. — Por que você não trabalha só, sabe, de dia...
— À noite eu fico mais inspirada. — ela sorriu, arregalando os olhos. Mais uma vez com um comportamento estranho. — A noite me deixa mais poética.
— Vivendo e aprendendo que escritores estão sempre a um passinho de perder a sanidade. — disse, soltando-a. — Fazem três dias que você não dorme.
— Eu durmo de manhã, eu te disse!
— E eu sei que é mentira. — forcei um sorriso para suavizar meu tom. — Você não tá dormindo. Fora que, semana passada, você estava dormindo muito mal. Está dormindo mal desde que brigou com a Victoria. E com a sua mãe.
— A gente briga o tempo todo. — disse ela, soltando o energético na mesa de centro e fechando o notebook depressa.
— Você e a Vic, ou você e sua mãe? — indaguei, cruzando os braços.
— Ambas. — ela riu.
— Por que exatamente você e sua mãe brigaram, aliás? — perguntei, tentando aliciá-la a falar mais sobre a briga com a sua mãe da qual eu não sabia o motivo.
— Ah, bobagem. — ela riu. — São 4h da manhã, aliás, né? Vamos dormir... — disse ela, indo em direção ao quarto.
A segui, vendo-a deitar na cama, cobrir-se e fechar os olhos, mas sabia que ela não ia dormir. Me deitei e peguei no sono, e na manhã seguinte, como de esperado, ela estava já estava acordada quando despertei, bebendo café, sentada na janela, com o notebook nas mãos, olhos arregalados, olheiras enormes e os dedos apressados, digitando violentamente.
— Meu deus Liz... — disse, me aproximando e vendo-a fechar o notebook depressa de novo, tirando os fones.
— Nem vi você acordar, amor. — ela sorriu.
— Você não dormiu, não é? — indaguei, vendo-a soltar o notebook, levantar e saltitar pela sala.
— Claro que dormi! Mas acordei um pouco antes de você!
— Elizabeth, sério... Não estou achando isso saudável. — suspirei. — Ficar acordada a noite toda, não dormir nada... Você vai ter um troço...
— Estou produzindo! — exclamou. — Desenvolvendo uma ótima história, sendo produtiva!
— Mas não é saudável... — insisti. — Privação do sono faz mal, sabia? Você pode começar a alucinar.
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🎼A SINFONIA DO FIM🎼 Evan Peters
عاطفيةElizabeth e Evan viveram um grande romance no passado. Romance este, cujo o término inspirou a primeira obra publicada da jovem escritora, "A Sinfonia do Fim". Anos após o lançamento, Evan descobre a existência deste livro, e o lendo, acaba dando de...