Be Mine

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C A T E    B L A N C H E T T  

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Meus olhos se abriram lentamente. Era de manhã cedo e eu lentamente voltei à realidade. Eu havia acordado sozinha, como de costume. Já não me sentia de bom humor, mas eu tinha que focar no dia e nas minhas tarefas, não na minha vida pessoal, não hoje. Sempre fui boa em separar as coisas, porque trabalho é trabalho. Só esperava que agora não fosse diferente. Eu respirei fundo e coloquei os pés no chão. Me levantei lentamente e caminhei para o banheiro.

Quando entrei no banheiro, a primeira coisa que fiz foi me olhar no espelho, reparando no chupão que ainda era claramente visível no meu pescoço. Hernández fez um ótimo trabalho, mas era irritante sempre ter que me preocupar com aquela marca. Meus olhos se estreitaram, enquanto eu examinava a marca deixada por ela. Eu teria que escondê-lo antes de ir para o trabalho. Sorri gentilmente ao me lembrar das memórias de sábado, com uma sensação de alegria e emoção.

Gostei tanto de como Hernández me fez sentir tantas coisas. O chupão também não estava me ajudando, já que sempre estava lá para me lembrar de como a noite de sábado havia sido incrível. Eu estava feliz, ansiosa e assustada ao mesmo tempo. Tudo isso às cinco da manhã. Eu sabia que não estava pronta se algo de ruim acontecesse, mas eu não conseguia controlar como me sentia.

Eu liguei o chuveiro e me despi lentamente, antes de deixar a água correr pelo meu corpo. Não podia me dar o luxo de demorar, então foi um banho rápido. Eu saí do banheiro e me preparei, devagar e em silêncio. Meus pensamentos ainda estavam em Hernández e no que estava acontecendo entre nós. Meu coração estava disparado e eu senti uma sensação de antecipação e empolgação. Mal podia esperar até vê-la novamente.

Tentei me concentrar em me arrumar e calcei os saltos, mas eu estava começando a me perder em meus pensamentos, quando pensei nela novamente por um segundo. O meu rosto ficou um pouco vermelho e eu não pude deixar de sorrir.

Comecei a me maquiar. Tentei cobrir o chupão com corretivo, mas não funcionou muito bem. Ainda era visível. Sem outra escolha, eu voltei para o closet e procurei algo que ajudasse. Finalmente encontrei e troquei a camisa social por uma blusa preta de gola alta. Assim ninguém no trabalho iria notar. Eu sabia que no momento em que Sarah ou Sandra descobrissem sobre a noite de sábado, elas iriam me provocar por mil anos.

Não demorou para eu estar vestida e pronta. Me olhei no espelho novamente. Eu estava um pouco nervosa e cansada, mas me sentia bem. Eu fui para a cozinha fazer um café. Sabia que eu precisaria de um pouco de energia para começar o dia. Eu estava preparando a minha xícara de sempre, quando escutei Allyson descer.

— Bom dia, Allyson. — eu disse calmamente, enquanto sorria para ela. Meu comportamento era calmo, mas meus pensamentos estavam cheios de emoção. No entanto, eu estava pronta para adotar um comportamento pacífico, mas também brincalhão com ela. Vi minha filha sorrir para mim e isso fez eu me sentir bem. Não havia por que ou como, mas a presença de Allyson era doce e me fazia sentir bem.

— Bom dia. — ela respondeu simplesmente. Allyson não gostava de falar logo cedo.

Eu não queria que Ally soubesse de nada. Porém, eu senti essa sensação de ansiedade e foi como pisar em ovos. Eu queria contar tudo para ela, porque sempre foi assim, mas pela primeira vez, eu estava com medo.

Coloquei um pouco de café em uma caneca e dei para Allyson, enquanto eu mantinha esses pensamentos. Enquanto eu fazia isso, olhei para minha filha novamente e sorri para ela mais uma vez.

— Você dormiu bem? — perguntei baixinho, enquanto bebia um pouco do meu café.

— Sim, mas gostaria de ter ficado na cama. — ela diz, com a voz sonolenta. Sorri de maneira simpática e não podia culpá-la. Eu me sentia da mesma forma hoje, eu também não queria ir trabalhar.