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Acordo lentamente, meus olhos ainda estão pesados, mas quando os abro, vejo Cate já acordada, deitada de barriga para baixo e parcialmente coberta pelo lençol branco. Seu cabelo está espalhado pelo travesseiro, os fios desordenados emoldurando seu rosto, a cabeça parcialmente afundada no travesseiro. Ela me observa com um olhar suave e contemplativo, seu olho visível transmitindo uma mistura de ternura e tranquilidade. A luz suave da manhã ilumina seu rosto, destacando as nuances douradas de seu cabelo e o brilho em seu olhar, tornando a cena incrivelmente íntima e reconfortante.

Solto um murmúrio suave por ela estar olhando diretamente para mim. Sinto-me subitamente tímida sob seu olhar caloroso e, instintivamente, cubro minha cabeça com o lençol, criando uma barreira temporária entre nós duas. Cate solta uma risadinha suave. Sinto o leve movimento da cama enquanto ela se aproxima, a maciez do colchão cedendo sob seu peso. Com delicadeza, ela puxa o lençol levemente para baixo. Agora ela está apoiada no cotovelo, sua expressão radiante.

— Bom dia — ela sussurra, sua voz suave ecoando no quarto, carregada de carinho. Seu olhar brilha com ternura enquanto ela olha para mim. — Está tentando se esconder de mim?

— Estava me observando dormir? — murmuro, um pouco desconcertada, enquanto me acomodava melhor na cama, encontrando seu olhar com uma mistura de curiosidade e surpresa.

— Estava — ela admite, sorrindo. — Você fica tão adorável assim, toda aconchegada. Não resisti. — seu elogio traz uma leve queimação em minhas bochechas, e um sorriso tímido se forma em meus lábios.

— Não faça isso. Sou muito mais agradável acordada — respondo, sentindo-me um pouco envergonhada pela atenção tão íntima, mas ainda assim sorrindo, tentando manter leveza na conversa. Cate balança a cabeça suavemente, seu sorriso se transformando em um gesto de negação gentil.

— Não, você é adorável em qualquer momento do dia. Mas há algo de especial em te ver assim, tão serena e tranquila. É reconfortante, de certa forma. — eu balanço a cabeça suavemente, afundando um pouco mais no travesseiro, aceitando as palavras de Cate com um suspiro tranquilo. É reconfortante saber que ela aprecia esses momentos de calma e intimidade entre nós.

— Como você acorda assim? — murmuro, deixando escapar minha curiosidade enquanto olho para ela, fascinada pela sua tranquilidade matinal.

— Assim como? — ela retruca, arqueando uma sobrancelha com uma expressão divertida, esperando por uma explicação mais detalhada da minha parte.

— Assim, tão serena e radiante — explico, buscando as palavras certas para descrever o que vejo nela todas as manhãs. — Tão linda... É como se você emanasse uma aura de paz e beleza logo ao acordar. — Cate sorri, seus olhos brilhando com uma mistura de gratidão e ternura diante das minhas palavras.

— Você é doce demais — ela responde suavemente, alcançando minha mão e entrelaçando nossos dedos com carinho. — Mas a verdade é que você também tem essa mesma serenidade e beleza, de uma forma diferente. Estar ao seu lado de manhã é um presente para mim. — sinto meu coração se aquecer com suas palavras, e um sorriso sincero se forma em meus lábios.

Eu escondo o rosto um pouco no travesseiro, tentando disfarçar a timidez e a felicidade que sinto. Cate se inclina e beija meu ombro suavemente, seus lábios quentes contra minha pele enviando um arrepio agradável por todo o meu corpo. Esse gesto delicado e carinhoso me faz sorrir ainda mais, sentindo-me completamente envolvida pelo o que compartilhamos.

— Eu adoro esses momentos — ela murmura contra minha pele, sua voz suave e cheia de sinceridade. Levanto a cabeça do travesseiro, meus olhos encontrando os dela.

— Eu também, meu amor — respondo, minha voz repleta de emoção. Cate cora instantaneamente, seus olhos se arregalando por um momento enquanto um sorriso desconcertado curva os cantos de sua boca. Ela morde o lábio, visivelmente envergonhada, mas também feliz. Suas bochechas ficam ainda mais rosadas, e ela olha para baixo, evitando meu olhar por um instante. Ela solta uma risada nervosa, ainda sem coragem de me encarar diretamente, suas mãos tremendo levemente enquanto acaricia minha pele. — O quê? — pergunto suavemente, sorrindo. Ainda corada, ela olha para mim, tentando conter o sorriso nervoso. Ela balança a cabeça levemente, como se estivesse se repreendendo por sua própria timidez.

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