Be Mine

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Depois de sair da casa de Cate, estou me sentindo confusa e um pouco magoada. A conversa estranha com ela e a atmosfera tensa em torno dela deixaram minha mente girando com dúvidas e preocupações. A incerteza sobre o que está acontecendo entre nós pesa em mim, e eu me pego revisitando cada interação, tentando encontrar pistas sobre seus verdadeiros sentimentos. Ao mesmo tempo, também me sinto frustrada por não ter respostas claras e por não saber como abordar a situação.

Essa mistura de emoções me deixa desconfortável e incapaz de relaxar. Sinto que há algo importante que não está sendo dito, e isso cria uma tensão latente entre nós. Ao mesmo tempo, não consigo evitar me perguntar se estou interpretando mal as coisas ou se há realmente algo mais profundo acontecendo dentro dela. A incerteza sobre o que está por vir e a sensação de estar presa em um limbo emocional me consomem, e eu desejo desesperadamente encontrar uma maneira de resolver tudo isso. No entanto, por mais que eu queira clareza e respostas, também estou com medo do que possa descobrir. Essa montanha-russa de sentimentos me deixa vulnerável e ansiosa pelo que o futuro reserva.

Enquanto estou no ônibus de volta para casa, sinto-me perdida em meus pensamentos. O movimento constante do veículo parece refletir a turbulência dentro de mim, enquanto tento processar tudo o que aconteceu. Cada curva e sacolejo parece ecoar a confusão em minha mente. Observo as pessoas ao meu redor, mas me sinto distante, como se estivesse em um mundo separado, onde apenas minhas preocupações e dilemas existem. O som abafado dos carros lá fora se mistura com o zumbido dos meus pensamentos, criando uma atmosfera de introspecção e reflexão. Neste momento de solidão cercada por estranhos, estou mergulhada em uma jornada interior, lutando para encontrar clareza e paz de espírito em meio ao caos emocional.

Elena me cumprimenta com um sorriso enquanto me aproximo da entrada do prédio. Seus olhos curiosos encontram os meus, e eu não consigo evitar sentir um aperto no peito. Respondo ao seu cumprimento com um aceno de cabeça e um sorriso forçado, tentando parecer normal, como se nada estivesse acontecendo. Mas por dentro, estou ansiosa para chegar em casa, para me refugiar no conforto familiar e tentar colocar minhas emoções em ordem.

— Olha só quem chegou... Se divertiu tanto na festa que decidiu ficar para uma extra no quarto da Cate? — ela diz com um sorriso travesso, seus olhos brilhando com uma pitada de malícia enquanto ela faz uma piada sobre minha noite. Seu tom sugere uma mistura de curiosidade e brincadeira, como se estivesse tentando arrancar algum segredo divertido de mim. Dou uma risadinha nervosa, tentando desviar o assunto e mantendo meu semblante descontraído, mesmo que por dentro eu esteja me sentindo um pouco desconfortável com a observação dela. — Está tudo bem? — ela percebe a mudança sutil em minha expressão e sua atitude brincalhona dá lugar a uma preocupação genuína.

Seus olhos escrutinam os meus enquanto ela espera por uma resposta sincera. A pergunta dela é simples, mas carregada de empatia, transmitindo a sensação de que ela está pronta para ouvir e oferecer apoio, caso eu decida compartilhar meus pensamentos ou preocupações.

— Não sei. — minha resposta é vaga e incerta, refletindo minha confusão e o turbilhão de emoções que estou enfrentando. Minhas palavras escapam em um murmúrio, revelando minha hesitação em compartilhar o que está realmente me incomodando. Elena suspira, indicando que percebeu minha inquietação.

— Vem, vamos conversar. — com um gesto amigável, ela me envolve em seu abraço e me conduz gentilmente em direção ao elevador, mostrando-se disposta a ouvir e oferecer apoio. No apartamento, nos sentamos no conforto do sofá, cercadas pelo aconchego familiar do lar. O ambiente tranquilo proporciona um espaço propício para compartilhar preocupações e desabafar sobre o que está acontecendo. — O que aconteceu? — Elena pergunta, preocupada. Tento organizar meus pensamentos para explicar tudo a ela.