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O dia na faculdade e a tarde em casa passaram rápido, como se o tempo estivesse se apressando para nos levar à noite de celebração que nos aguarda. Entre aulas, estudos e momentos de relaxamento em casa, mal percebi como as horas voaram, tão ansiosa estava para o que estava por vir. Agora, enquanto me preparo para a festa de aniversário de Allyson, sinto uma mistura de emoções borbulhando dentro de mim. Há uma antecipação excitante no ar, misturada com uma pitada de nervosismo pelo desconhecido. Mas, acima de tudo, há um sentimento de alegria e gratidão por participar disso.

Chegando na casa de Catherine, onde a festa de aniversário de sua filha está prestes a começar, sinto uma mistura de excitação e curiosidade enquanto subo os degraus até a porta da frente. A noite está apenas começando, mas já posso ouvir os murmúrios de conversas animadas e risadas vindas de dentro, indicando que a celebração já está em pleno andamento. Lembro-me do convite que explicitava a necessidade de chegar meia hora antes, já que a festa seria uma surpresa para Ally. Essa informação adiciona um elemento extra de empolgação à atmosfera, já que estou ansiosa para ver a expressão surpresa no rosto de Allyson quando ela chegar.

Com um sorriso no rosto, toco a campainha e aguardo ansiosamente que a porta se abra, pronta para me juntar aos outros convidados e participar da diversão que está por vir. Ao ser atendida pela professora Paulson na porta, fico momentaneamente surpresa. Não esperava vê-la ali, mas logo lembro da relação que ela tem com Cate, e constantemente, deve ter com Allyson, o que explica sua presença.

— Boa noite, Sra. Paulson. — cumprimento-a cordialmente.

— Não se preocupe com formalidades. Não sou chata como a Catherine. Me chame só de Sarah. — ela sorri calorosamente, dissipando qualquer desconforto que eu possa ter sentido. — Venha, entre. — diz, puxando-me para dentro da casa com um gesto convidativo.

Surpreendida pela atitude amigável e acolhedora dela, sinto uma onda de alívio inundar meu corpo. Deixando de lado quaisquer reservas ou preocupações que possa ter tido, permito-me relaxar enquanto ela me puxa para dentro. Com um sorriso grato, sigo-a, deixando-me levar pela energia calorosa e convidativa que emana dela.

À medida que entramos na casa, sou envolvida pela atmosfera vibrante da festa. Posso ouvir o som da música, o burburinho das conversas e o aroma delicioso de comida no ar. É evidente que um esforço significativo foi feito para tornar esta noite especial para Ally. Enquanto Sarah me leva mais fundo na casa, sinto-me grata por sua presença amigável e por sua disposição em me fazer sentir bem-vinda. Sua atitude me faz relaxar ainda mais enquanto ela me leva até a cozinha, onde Cate está.

— Catherine. — Sarah chama a atenção dela com um tom alegre e familiar. — Sua garota. — ela solta meu braço na direção de Cate, me entregando a ela. Ela vira-se na nossa direção, seu rosto iluminado por um sorriso acolhedor quando seus olhos encontraram os meus, brilhando com uma ternura que não passa despercebida.

— Ah, oi! — ela diz, sua voz soando animada. Ela se aproxima de mim, e antes que eu possa reagir, ela inclina-se levemente e deposita um suave selinho nos meus lábios, um gesto de boas-vindas cheio de carinho e afeto. Meu coração dá um salto diante da surpresa do gesto, e eu sinto um calor espalhar-se pelo meu rosto enquanto meus lábios tateiam o lugar onde os dela estavam momentos antes. Sinto-me levemente surpresa e tímida com a demonstração pública de afeto, mas ao mesmo tempo, o gesto de Cate me faz sentir especial e apreciada.

Também sinto-me surpresa e um pouco tímida com o comentário de Sarah, referindo-se a mim como “sua garota” para Catherine. A ideia de ser considerada de tal maneira por alguém tão próxima de Cate me enche de uma mistura de emoções, desde gratidão até um leve nervosismo diante da intensidade do momento.

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