Be Mine

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C A T E   B L A N C H E T T

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Acordei na terça de manhã e estava muito cansada. Eu senti como se não tivesse dormido nada. Eu estava um pouco ansiosa para chegar na aula, pois sabia que a veria. A manhã começou como qualquer outra. Me levantei e me preparei para o dia, tomando banho, me vestindo e preparando o café da manhã. Então eu esperei por Allyson e saí pela porta. Cheguei ao trabalho, me despedi da minha filha e entrei no prédio, indo para a sala dos professores. Respirei fundo e tentei limpar minha mente.

— Ok, é apenas mais um dia normal. — murmuro para mim mesma, tentando manter a calma e não ficar muito animada e ansiosa. Eu respirei fundo novamente e abri a porta para entrar na sala. Como sempre, cheguei mais cedo para organizar as minhas coisas, respirar um pouco e conversar um pouco com Sarah e Sandra. Eu cumprimentei as irmãs, com um sorriso agradável no rosto. — Bom dia, senhoras. — digo, com uma voz suave e gentil. — Como vocês estão? — pergunto, enquanto coloco a pilha de livros e papéis sobre a mesa e puxo uma cadeira para eu me sentar.

— Em primeiro lugar: recuso-me a ser chamada de “senhora” por você. E segundo: estou bem. — Sarah diz e Sandra ri.

— Estou bem, Cate. E você? — a mais velha pergunta. Também ri um pouco com o comentário de Sarah. Me divertia com elas de vez em quando, e nas outras vezes eu me irritava.

— Estou bem, Sandy. — respondi com um sorriso. Minha expressão era calma e amigável, mostrava que eu estava pronta para uma conversa animada e brincalhona com elas. Mas eu estava tentando conter a ansiedade. Puxei o meu caderno em meio aquela pilha e coloquei meus óculos, apenas para conferir algumas anotações.

— Devíamos falar? — a voz entusiasmada de Sarah chama a minha atenção, me fazendo subir os olhos.

— Falar o quê? — questionei, com um sorriso sutil e um pouco de confusão em meu tom.

— Sobre você e Hernández. Vimos vocês duas ontem, conversando. — Sarah parou por um segundo. — Você chama aquilo de conversa, Sandra? — ela olha para a irmã.

— Eu chamo aquilo de flerte. — ela responde, com um sorriso pequeno.

Eu quase havia me esquecido que tive aquela pequena interação com Hernández, no dia anterior. Meus pensamentos estavam em outros momentos nossos.

— Não foi um flerte, Sandy. — eu ri um pouco, enquanto ainda agia de forma calma. — Foi apenas uma conversa rápida.

— Tem certeza? — Sandra insistiu, estreitando os olhos. Seu sorriso se transformou em um divertido.

— Por favor, Cate. — Sarah fala agora, aproximando-se e apoiando a cabeça na mão fechada. — Qualquer um poderia sentir aquela tensão. Os alunos simplesmente não perceberam porque não gostam de você o suficiente para notarem algo em sua vida. — minhas sobrancelhas se arquearam e a minha boca se abriu ligeiramente.

— Não havia tensão. — digo calmamente, tentando conter esses sentimentos. Minha mente continuava pensando na garota e a minha voz começou a ficar mais ansiosa. — Estávamos apenas conversando. — termino, com um sorriso leve e sutil. Era óbvio que eu não estava dizendo a verdade, mas insisti em continuar negando.

— Sobre o quê? — Paulson me questionou.

— Estávamos conversando sobre a matéria. — menti novamente.

— Certo... — o sorriso no rosto de Sarah deixava claro que ela não estava acreditando em nada.

— Por que não paramos com essa conversinha e nos concentramos no trabalho? — digo, ainda usando um tom calmo. — Não vim aqui para falar com vocês sobre minha vida privada. — a mais nova ergueu as sobrancelhas e se afastou, recostando-se na cadeira. Sandra franziu a testa e olhou para mim com um olhar curioso. — Não me olhe assim, Bullock. — falo, enquanto aponto o dedo para ela.