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Não sei exatamente em que momento adormeci ou em qual acordei, mas, quando abri os olhos, me vi sozinha na cama, coberta por um cobertor que concluí que Cate havia colocado sobre mim. Eu me espreguicei, minha mente ainda estava turva, meu corpo ainda sentia os efeitos persistentes da nossa tarde apaixonada. Eu reúno coragem para me mover na cama e, ao fazê-lo, me viro para a janela, vendo Catherine parada com uma caneca nas mãos, focada na vista de fora. Ela vestia roupas mais casuais: jeans e suéter. Eu sorri, sentindo uma sensação de paz tomar conta de mim, sabendo que este dia seria repleto de lembranças que eu guardaria para sempre. Observei ela por alguns segundos.

— Cate. — chamei-a com a voz ainda sonolenta. Ela ouve a minha voz e quando se vira, sorri suave e agradavelmente. Seus olhos têm um toque de sonolência, mas também há um brilho agradável neles. Ela caminhou em direção à cama, seus pés quase não fazendo barulho ao se aproximar, então se sentou ao meu lado, colocando a caneca no móvel ao lado da cama. Lentamente, ela se inclinou para frente, a mão apoiada levemente na minha barriga, o olhar fixo no meu rosto. Ela respirou fundo, hesitando por um momento, depois pressionou os lábios nos meus, um beijo carinhoso que disse mais do que palavras jamais poderiam. Quando ela se afastou, eu sorri, passando a mão pelos cabelos dela. — Que horas são? — Cate olhou para o relógio.

— São quase seis horas. — ela respondeu suavemente. — Você dormiu quase quatro horas.

— Dormi demais... Por que você não me acordou? — ela riu baixinho e balançou a cabeça.

— Achei que você precisava descansar. — explicou ela, seu tom cheio de carinho. — Além disso, eu queria aproveitar a visão de você dormindo pacificamente. — eu rio levemente.

— Você não está trabalhando? Você disse que estava atolada do trabalho. — ela assentiu, franzindo levemente a testa enquanto ouvia minhas palavras de preocupação.

— Sim, estou. — ela admitiu, seu tom sério. — Mas o prazo é amanhã. Portanto, tenho alguma margem de manobra. — suspirou, uma pitada de cansaço rastejando em sua voz. — E eu não conseguia passar mais de meia hora no meu escritório sem vir aqui ver você. — eu dou outra risada; esta mais confusa. Eu junto ligeiramente minhas sobrancelhas.

— Por quê? — ela olhou para mim com os olhos cheios de carinho e adoração.

— Porque, querida, você torna tudo melhor. Estar com você faz tudo parecer menos estressante. — sua voz era sincera, suas palavras ditas com o coração. Ela estendeu a mão, pegando a minha, entrelaçando nossos dedos. Eu sorri suavemente, apertando a mão dela. Nossos olhares se encontraram e nós compartilhamos um momento de compreensão e intimidade. Naquele momento, éramos apenas nós duas, o carinho e a adoração uma pela outra brilhando. Foi um lindo momento de alegria e conexão tranquila. Os olhos azuis de Cate fitando profundamente os meus.

Enquanto eu permanecia quieta, Cate continuou a olhar para mim, seu olhar nunca vacilando. Finalmente, ela soltou a minha mão, estendendo a mão para segurar meu rosto, o polegar acariciando minha bochecha.

— O que você faz comigo, o que você me faz sentir, é tão maravilhoso. Não consigo evitar. — suas palavras foram honestas e sua expressão refletiu a verdade por trás daquilo que foi dito. Eu estava completamente apaixonada por Cate e não podia negar. O desejo que ardia dentro de mim era forte, e eu me vi desejando nada mais do que estar com ela novamente, compartilhar outro momento apaixonado, perder-me no calor da paixão compartilhada mais uma vez.

Fechei os olhos, inclinando-me ao toque de Cate. Me senti segura e protegida em seu calor, permitindo-me esquecer todo o resto e apenas estar no momento. A carícia gentil do polegar dela na minha bochecha causou um arrepio de prazer na minha espinha, lembrando-me do calor e da intimidade que compartilhamos. Eu abri os olhos e olhei para ela, devolvendo o olhar carinhoso, sentindo a atração e o desejo entre nós.

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