C A T E B L A N C H E T T
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Naquela noite, deitei-me na cama com os pensamentos da tarde ainda frescos em minha mente. O pedido de desculpas de Allyson pairava como uma promessa de renovação, uma possibilidade de cura nas cicatrizes do passado. Os momentos compartilhados entre nós três ecoavam no silêncio do quarto, trazendo consigo a expectativa de um novo capítulo nas dinâmicas familiares.
E, é claro, os flashes do momento íntimo no escritório com Hernández dançavam em minha mente. Cada toque, cada palavra sussurrada, pareciam gravadas na minha memória, criando uma teia complexa de emoções. Enquanto contemplava essas experiências, senti-me imersa em um turbilhão de sentimentos, navegando por águas desconhecidas e emocionais. A dualidade dessas vivências — a reconciliação familiar e a descoberta de uma conexão mais profunda com Hernández — desenhava um panorama complexo e instigante. Envolta pelo silêncio do quarto, confrontei minhas próprias emoções, questionando o que esses momentos significavam para o futuro que se desenrolava diante de mim.
Um sorriso se estampa em meu rosto, revelando a onda de emoções profundas e íntimas que percorrem meu corpo. Cada pensamento, cada lembrança, contribui para essa dança complexa de sentimentos que moldam a expressão serena em meu rosto. Enquanto a luz suave da lua preenche o quarto, sinto-me imersa na calmaria que segue a tempestade emocional. Cada sorriso é como uma peça que se encaixa no quebra-cabeça das minhas experiências, formando uma imagem única e significativa. No conforto da cama, permito-me saborear a riqueza dessas emoções, mergulhando nas profundezas de um momento que deixará marcas duradouras.
Eu, envolta por uma atmosfera de emoções e memórias, sinto uma necessidade de me tocar. O desejo surge como uma expressão natural da intensidade dos momentos vividos. Minhas mãos formigam para explorar suavemente minha própria pele, capturando a sensação vívida das experiências recentes, traduzindo a riqueza de sentimentos em gestos delicados, onde elas se tornam mensageiras silenciosas das profundezas emocionais que habitam meu ser.
Me vi esfregando inconscientemente as coxas, tentando obter algum alívio. Eu podia sentir o calor do meu corpo irradiando por toda a sala, aquecendo o ar ao meu redor. Respirei fundo, tentando me acalmar. Não se tratava de luxúria ou desejo, foi simplesmente uma reação física às memórias do dia. Olhei para o relógio, vendo que já passava das onze. Passei os dedos pelos cabelos, tentando acalmar os batimentos cardíacos acelerados. Mas não funcionou. Eu estava ficando excitada com as lembranças de Hernández, ficando mais molhada a cada segundo.
— Droga. — sussurrei suavemente, fechando os olhos com força contra o desejo. Tentei me concentrar em outras coisas, para me distrair da necessidade crescente entre as pernas. — Eu preciso parar de pensar nisso. — eu estava prestes a ceder à tentação quando ouvi um barulho na porta do meu quarto. — Allyson? — chamei suavemente. A porta se abriu, revelando a figura da minha filha.
— Mãe... Desculpa interromper. Eu não consigo dormir e queria falar com você. — ela disse, com uma expressão séria no rosto. A urgência da situação me fez afastar momentaneamente os pensamentos anteriores. Rapidamente, eu me ajeitei na cama, tentando transmitir uma calma que, internamente, estava longe de sentir.
— Claro, Ally. Sente-se. Podemos conversar. — convidei, esperando que a conversa pudesse oferecer alguma compreensão ou resolução para as complexidades que nos cercavam. Allyson se sentou ao meu lado na cama, seu olhar encontrando o meu. Havia uma mistura de determinação e incerteza em seus olhos. Eu aguardei, preparada para ouvir o que ela tinha a dizer, ciente de que as palavras que viriam poderiam moldar ainda mais o curso das nossas relações.

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Be Mine
FanfictionNum enredo permeado por uma confusão de sentimentos, S/n Hernández percebe que sua paixão pela professora de física, Cate Blanchett, transcende os limites de um simples crush, desencadeando uma série de eventos que viram suas vidas de cabeça para ba...