Anna Luísa.
Finalmente estou desembarcando em São paulo, foram horas e horas desse voo totalmente cansativo.
Não vejo a hora de encontrar meus pais, meu irmão mais novo que já praticamente deve está um rapaz, e claro, meus melhores amigos. Clara e Luis.
Vou andando com minhas malas procurando eles, e logo vejo o Pedro, meu irmão mais novo correndo em minha direção.
- Pedrinho!!! Que saudades que a maninha estava de você. - Deixo as minhas malas e corro até o abraço apertado do caçula-
- Você faz muita falta anjinha. - Desde sempre ele me chama assim- Nao via a hora de te ter de volta.
- Agora podemos fazer muitas coisas juntinhos de novo, meu amor! - Digo pegando minhas malas e indo em direção ao restante da família.-
- Aninha!! - A mais velha vem me dar um abraço apertado.-
- Aí, mãe! Quanta falta eu senti de você. -Digo tentando conter as lágrimas. -
- De mim ninguém sente falta? - Escuto uma voz grossa vindo em minha direção fazendo gestos de deboche -
- Papai! Como eu senti sua falta! - Pulo no colo dele o abraçando, e sem mais conseguir segurar as lágrimas. -
Ir embora foi uma decisão crucial na minha vida, eu sabia que era aquilo que queria, ir atrás dos meus sonhos, e não me importasse com a saudade. Mas nesses 1 ano e 3 meses fora, eu consegui perceber que a saudade era a única coisa que me atrapalha lá fora. O mundo sem o cuidado da minha mãe, sem seus cafunés, sem sua comida que é deliciosa. Sem os conselhos do meu pai, sem seu bom dia de todos os dias, sem sua companhia vendo os jogos de futebol, sem nossas brincadeiras. Sem ter uma criança correndo pela casa, com um pique de energia sem fim. Foi um período de adaptação muito difícil, no começo eu tava no paraíso, mas com o tempo e fui percebendo como havia ficado um vazio dentro de mim, e como era triste sem eles.
Depois de alguns minutos de choro, abraços, meu pai pegou as minhas malas e fomos para casa. Ah, o itaquera! que saudade que estava desse lugar.
Minha mãe deixou meu quarto exatamente como eu deixei.- Sabia que quando você voltasse pra casa iria gostar de ter tudo exatamente como você deixou. - Disse a senhora com os cabelos iluminados, escorando na porta do quarto -
- Mãe, a senhora sabe que eu só vim passar pouquíssimos meses, né? Logo mais eu tenho compromisso e preciso voltar pra lá. - Falei indo no encontro da mesma e colocando uma mecha do seu cabelo de trás da orelha, os olhos dela estavam cheio de lágrimas. Eu a entendo, ela é minha mãe, que me ter por perto, mas infelizmente nem tudo é como queremos.
- Quem sabe o destino não faça você ficar aqui. Ou melhor, um romance...
- Romance, mãe? Depois de Raphael, não quero nunca mais conhecer ninguém, não tão cedo. E nunca deixaria meu sonho, pra ficar aqui no brasil por um romance qualquer que vai me magoar.
- Filha, não seja tão fria! Se permita sentir, a amar. O amor é uma coisa pura, você ainda só não encontrou alguém que saiba a amar como você verdadeiramente merece.
Meu ex namorado, Raphael Veiga, me fez sofrer MUITO. Começamos a namorar eu só tinha 15 anos, e durou até meus 17. Foi inúmeros chifres, e traumas diferentes. Aos 16, recebi minha primeira proposta pra ir pra Nova York realizar meu sonho, e ele me fez recusar, DUAS vezes. Eu era completamente dependente emocional dele, até fiquei doente por conta do amor. Mas finalmente me curei e fui atrás dos meus sonhos.
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Destiny - Gustavo Mantuan.
RomanceDuas pessoas focadas em suas carreiras, correndo de relacionamento. Mas o destino coloca em prova que quando é amor, não tem como fugir.