Capítulo 9 - Rio de Janeiro.

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                                Anna Luísa

Amanhã era a final da copa do Brasil contra o Flamengo. Em 19 anos da minha vida eu nunca vi o meu pai tão ansioso e preocupado como agora. Os meninos já haviam chegando no Rio de Janeiro mais cedo. Eu, Clara, Pedro e minha mãe, iremos pegar o voo as 15h30.

Eu estava muito nervosa pelo jogo, não só pelo meu pai ser técnico, por meus amigos serem jogadores, mas por eu ser corinthiana desde quando eu nasci, por sempre ter amado esse time, e mais do que tudo, quero ter esse título.

Todos nós estávamos reunidos e indo em direção ao aeroporto. A Clara não parava de falar sobre o Piton, e eu já não aguentava mais. Mas por um lado, estou feliz, eles estão cada dia mais próximos um do outro, ele está fazendo muito bem pra ela e vice versa.

O voo havia sido muito tranquilo, pra falar a verdade, eu só acordei quando estávamos pousando. Iríamos ficar no mesmo hotel que os meninos. Eu e Clara iríamos dividir os quartos, apesar dela ter atormentado a minha cabeça querendo ficar com Piton, pelo fato dele estar em concentração, não pode.
Eu e Clara fomos direto pro quarto arrumar as coisas. O quarto tinha uma linda vista pra praia de copacabana, o Rio de Janeiro realmente é uma das sétimas maravilhas do mundo.

- E aí, falou com o Mantuan hoje? - A morena perguntou enquanto abria um pacote de fini e se acomodava no meu colo

- Falamos cedo, quando ele estava vindo, depois não mais.

- Quando é que você vai amolecer seu coração, e dar uma chance pra ele?

- Vamos mudar de assunto, por favor. - Pego um pedaço do fini que ela estava comendo e começo a rir.

Eu novamente acabei caindo no sono, estava um pouco cansada, porque havia passado a noite anterior em uma balada com uma colega.

Eu despertei quando vi Clara se arrumando e dançando em frente ao espelho.

- Onde a senhorita pensa que vai?

- Vou sair pra jantar com o Lucas. Estou tão feliz, ele está sendo uma ótima pessoa.

Meu coração se aquece em escutar isso, quero ver mais a felicidade da Clara do que a minha.

- Eu fico tão feliz por isso.

Enquanto ela ia se arrumando, eu fui pro banheiro tomar um banho. Quando sai, Clara já havia saído. Coloco um vestido longo, faço uma leve maquiagem e desço até o saguão do hotel.

- Me procurando, loira?

Escuto uma voz familiar, e sinto alguém chegando atras de mim e dando um beijo no meu rosto.

- Claro que estava.

- Mentirosinha. - Ele ri - O que vai fazer?

- Eu ia dar uma volta na praia, minha parceira de quarto me abandonou, estou sozinha.

- Olha que coincidência, meu parceiro de quarto também me abandonou. Está querendo companhia?

- Claro que sim.

Nos dois começamos a andar, e era só atravessar a rua que já estávamos na praia. Estava ventando, como de costume. A lua estava completamente linda, e ele também. Estávamos em completo silêncio, mas não desconfortável, pelo contrário, um silêncio que trazia paz.

- Como está o coração pro jogo de amanhã?

- Nervoso, muito nervoso! Minha primeira decisão de um campeonato desse nível, espero poder contribuir com gols amanhã.

Destiny - Gustavo Mantuan. Onde histórias criam vida. Descubra agora