Capítulo 28 - Insubstituível

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                          Gustavo Mantuan

2 semanas depois.

Já se passaram 2 semanas desde que a Anna foi embora, desde a primeira vez que eu a vi, eu sabia que ela não iria ficar, mas no fundo eu tinha esperanças de que ela ficasse. Pensei que seu tivesse a conquistado, ela iria ficar por perto. Eu nem a conquistei, nem fiz a ficar.

Os dias estão sendo chatos sem ela por perto, todos jantares que tive com os meninos, as festas, os jogos do Corinthians sem ela me mandar mensagens de apoio, ou indo no vestiário me dando aquele abraço que só ela tem, ir no ct e não a encontrar no mesmo lugar que ela sempre ficava.

Em todos cantos que eu ia, algo me lembrava dela, sempre tinha algo que eu adoraria mostrar pra ela, ou que com certeza ela me mostraria, algo que ela ama. Meu coração estava vazio, mesmo eu vivendo uma boa fase no futebol, e eu estava feliz, mas me faltava algo, estava sentindo um vazio que eu sei que só seria preenchido se ela voltar.

Eu fico acompanhando a vida dela de longe, pelo os stories, e eu fico bem orgulhoso, ela já mostrou gravando várias coisas, participações, modelando, coisas que são o sonho dela, e mesmo eu querendo ela aqui comigo, eu a amo o suficiente pra entender que é isso que ela quer pra vida.

- E aí, tá pronto? — o Du disse me tirando dos meus pensamentos.

- Tô sim, vamos?

Ele balança com a cabeça e eu ando em direção ao meu corro, ele disse que eu preciso de uma boa balada pra tentar distrair a cabeça. A Clara e o Piton também iriam, eles estão em uma missão impossível pra me fazer "esquecer".

Ao chegar, já pego um copo de whisky, como eu estava dirigindo, ia beber muito pouco, só pra relaxar, hoje não era dia de extrapolar.

- E aí, Gu. Como você tá? — Clara pergunta ao sentar ao meu lado.

- Ah, eu tô indo, né.

- Queria que vocês tivessem ficado juntos.

- Eu também queria, mas tá tudo bem. Nem sempre as coisas sai como planejado.

- Sim, por mais que ela seja minha amiga, eu consigo enxergar e falo pra ela o quanto ela errou, mas eu sei do coração dela, sei que do princípio você balançou o coração dela, só que ela infelizmente foi um pouco imatura pra compreender.

- Eu entendo que os traumas fizeram ela ser assim, ela me contou muito sobre, mas acho que ela foi radical demais comigo.

- Mas logo as coisas se resolvem, se for pra ser, vai ser, as vezes agora só não é o momento, mas quem sabe daqui uns meses, anos.

Sabia que são apenas hipóteses, mas não sei o porquê aquilo reacendeu uma chama de esperança dentro de mim.

Eles estavam todos dançando, e eu sentado no sofá, já estava com sono e cansado, doido pra ir pra casa dormir.

- Oi, gatinho. — Sinto uma mão passar pelo meu peito e um beijo na bochecha

- Oi, Letícia. — Sorrio forçado.

- Como você tá? Anda tão sumido, senti sua falta.

- Eu trabalho muito, sempre tô viajando, você sabe que não tenho todo o tempo do mundo, né?

- Ô ignorância. — A morena respira fundo e senta ao meu lado.

Talvez eu esteja um pouco incomodado com a presença dela.

- Queria muito um beijinho seu. — Ela disse passando a mão pelo meu corpo

- Ah, não sei não.

Ela veio e me roubou um beijo, eu até tentei me afastar, mas resolvi continuar, afinal, não tinha nada a perder.

- Aí, Anna... — Bebo um gole do meu whisky, e quase me engasgo com o mesmo percebendo o que eu havia falado.

- Anna? Sério mesmo?

- Foi mal, Letícia.

- Quando é que você vai esquecer essa menina que não tá nem aí pra você, e ficar comigo, que quero ficar ao seu lado?

- Ai, Letícia. Não vamos entrar nesse assunto, tá?

- O que ela tem que eu não tenho? Eu sou bem melhor que ela.

- Ninguém é a Anna, ninguém chega aos pés dela.

Levanto e vou até os meninos me despedindo, já estava amanhecendo, precisava descansar um pouco. Vou direto pra casa, e enquanto isso, fico vendo o sol nascer da janela do meu carro, parece que eu me sentia mais próximo dela quando eu olhava pro céu, sei o tanto que ela é apaixonada e gosta de admirar.

Aí, Anna. Você é insubstituível.

Destiny - Gustavo Mantuan. Onde histórias criam vida. Descubra agora