Capítulo 27 - Aeroporto.

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                             Anna Luísa.

Bom, chegou o dia. Talvez o dia que estivesse evitando, e querendo que demorasse ao máximo pra chegar, mas chegou, e com ele veio choro, tristeza, tudo aquilo que a despedida nos trás.

Já estava na minha hora de ir pro aeroporto, mas eu não queria. Ver o choro da minha mãe, do meu pai, e do meu irmão, foram as coisas mais difíceis. A família é mais importante que qualquer coisa, mas no momento estou colocando meu trabalho a cima.

Clara iria me acompanhar no aeroporto junto com meus pais e o pedro, os meninos até queriam ir, mas hoje estavam em concentração pro jogo, meu pai conseguiu dar uma escapadinha só pra poder me levar até lá.

Eu amo esse lugar, e as pessoas que vivem nele. Aquilo foi meu sonho, e eu vivi intensamente o ano que eu passei por lá, mas eu acho que minha vontade, mudou.

Após chegarmos no aeroporto, com um pouco de antecedência. Posto um stories das malas, e rapidamente recebo uma mensagem.

                                   Gu. 🤍

Se eu não posso ter
Eu fico imaginando
Se me falta coragem fico esperando
Mas até quando?
Mas ficar imaginando não vai adiantar nada
Nem ficar sentado esperando você chegar
Ouvi falar que vai se mudar daqui
E vai levar minha alegria e meu sorriso na tua mala
Ouvi falar que vai se mudar daqui
E eu não 'to bem
Será que não cabe eu nessa mala aí também?

Se já tava tudo um pouco difícil, agora piorou. Eu entendi meus sentimentos por ele tarde demais, e agora eu não posso mais voltar atrás da minha decisão.

- Aí, Anna, não queria te contar, pra piorar sua situação, mas o Lucas acabou de me dizer que pegou o Mantuan chorando olhando fotos de vocês. - Clara chega sentando ao meu lado

- Ele me mandou mensagem, ou melhor. Uma música, perguntando se não cabia ele na minha mala.

- Até quando ele não quer, ele é um fofo com você.

- Uma pena que eu percebi tão tarde o que eu queria.

- Já te falei, nunca é tarde demais pra recomeçar.

- Mas agora já foi, se eu for recomeçar, vai ser lá fora, minha vida, sem ele por perto.

- A não ser que você volte.

- Por mais que eu queira, acho difícil.

Fico ali conversando com eles, até que eu escuto chamarem o meu voo, chegou a hora de ir.

- Não quero falar muito, se não vou chorar tudo de novo. Mas quero agradecer vocês por sempre estarem comigo, e por mais uma vez mesmo vocês me querendo aqui, me apoiaram a voltar atrás dos meus sonhos.

Por mais que eu tentei, já estava chorando novamente. Abraço cada um deles, e cada hora eu chorava mais ainda.

- Então é isso gente! Até minhas próximas férias, ou as férias de vocês, porque podem ir me visitar por la. Vou sentir a falta de vocês.

Minha mãe estava em prantos de choro, nunca foi a vontade dela eu ir, mesmo me apoiando, sempre implorou pra eu ficar, mas sabemos que as coisas não são assim.

Destiny - Gustavo Mantuan. Onde histórias criam vida. Descubra agora