Capítulo 18 - Conversa.

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                                  Anna Luísa

Hoje passei o dia deitado na cama com uma ressaca insuportável. Eu não iria na Neo química hoje por medo de conversar com o Mantuan, mas resolvi que iria sim, não posso fugir disso o tempo todo.

Estava praticamente pronta pra ir pro jogo quando escuto meu celular apitar

                    Número desconhecido.

- Oii!
                                                             - Oi, quem é?

- É o Piquerez, da balada, Anna.

                                                 - Ah sim! Tudo bem?

- Tudo, e com você?

                         - Tudo bem, só uma ressaquinha

- Haha! Acontece. O que vai fazer nesse sábado à noite?
  
                - Estou indo pra Neo química Arena,      ver o maior do brasil jogar!

-Então você é corinthiana?
  
                                                  - Graças a Deus sim!

- E se eu te contar que sou jogador do palmeiras. Somos rivais. 😂

                                        - Ahhhh, eu não acredito.

- Jogo aqui a 1 ano e alguns meses.
 
                       - Logo no time que eu mais odeio na vidaaa.

Escuto Clara e Piton chegar, com isso desligo meu celular e desço ao encontro deles.
Entro no carro, e Piton dirige até o estádio.

- Gente, preciso contar algo pra vocês.

Mesmo o Piton sendo amigo de Mantuan, ele também era meu amigo e eu gostava de compartilhar as coisas com ele.

- Contaaa. - a Clara disse empolgada

- Ontem quase indo embora da festa, trombei em um rapaz, lindooo, conversei um pouco com ele, só que tive que ir embora, ele me pediu meu numero e eu passei, só que no auge da cachaça não consegui relacionar ele com quem realmente ele é.

- Como assim, Anna? - o Piton pergunta, curioso.

- Ele simplesmente é o Piquerez do palmeiras.

- Ah, chega de rival. - o Piton ri enquanto revirava os olhos

- Eu não sabia que ele, era ele. Agora após me chamar no whatsapp, ele me contou que jogava no palmeiras e eu consegui lembrar dele.

- Você parece ter imã pra jogador, puta que pariu. - Clara disse.

- Sim, eu não aguento mais. Mas ele parece ser muito legal.

Após chegar na arena, hoje eu não passei no vestiário porque chegamos atrasados e o jogo já estava começando, e isso me dava mais uns 90 minutos a mais de tranquilidade.

O jogo foi tranquilo, graças a Deus, corinthians dominou o jogo inteiro, e ganhou de 2x0 do américa mg.

Eu estava um pouco nervosa, aliás estava descendo do camarote pra ir pro vestiário. Não tô conseguindo entender todo esse meu medo.

Quando entro no corredor, a primeira pessoa que vejo é Mantuan, ele abre um sorriso de orelha a orelha e vem até o meu encontro.

- Você veio, loira. - Ele me abraça e me dá um selinho

Nesse momento meu coração estava acelerado, apertado, não queria magoar ele, que inferno, porque eu sou assim?

- Eu vim. - Dou um sorriso sem graça - Jogou muito hoje, parabéns.

Avisto meu pai de longe, e vou falar com o mesmo.

- Oi, papito. - Dou um abraço nele

- Oi filha. Como você tá?

- Tô bem.

- Tem alguém que não para de falar de você

- O Mantuan?

- Ele mesmo, filha. Deixa de lado o orgulho e vai viver o melhor dessa vida, toda essa frieza, magoa, vai só te ferir por dentro, se permita sentir.

- Tá bom, papai. Vou pensar.

Pego meu celular e respondo algumas mensagens do Piquerez, ele é uma pessoa legal e divertida, gostei de conversar com ele.

- Ei, loira. Deixa eu te levar em casa.

- Ah, eu vim com a Clara e o Piton, não precisa se preocupar.

- Eles pediram pra eu te levar, porque tinham que ir buscar a mãe do Piton.

Eu sabia que aquilo era mentira, só queria deixar a gente perto um do outro. 

- Ah, então eu aceito.

Vou andando em silêncio até o carro dele, entro e ele da partida. Estávamos em um silêncio absoluto, o único som era uma música que estava baixa, é diferente das outras vezes, o silêncio era totalmente desconfortável, o que me deixa mais ansiosa e apreensiva.

- Está entregue, loira.

Ele me dá um beijo, e eu não sabia, mas era aquilo que eu queria e precisava naquele momento. A minha alma relaxou com esse beijo, meu corpo ficou em paz, todo nervosismo que eu estava sentindo, sumiu por completo.

- Confesso que era isso que eu estava precisando.

- Um beijo meu?

- Uhum!

Ele não deixou eu nem responder direito e me deu outro beijo, parece que o mundo havia entrado em silêncio, e só existia eu e ele ali. O nosso beijo foi atrapalhado com uma notificação do meu celular, olho, era Piquerez, e parece que todo aquele nervosismo que havia sumido, retomou pro meu corpo.

- É algo importante?

- Não, não. É só notificação de um grupo. - Sorrio nervosa - Vou entrar, obrigado pela carona.

Ele me dá um selinho antes que saísse do carro, entro pra dentro de casa, tomo um banho e deito. Não temos nada, então nem tem porquê eu me sentir tão incomodada pelo fato de conversar e ficar com outras pessoas.

Destiny - Gustavo Mantuan. Onde histórias criam vida. Descubra agora