Destiny - Gustavo Mantuan.

Capítulo 26 - Despedida

                             Anna Luísa

Estava aqui arrumando as minhas malas, já que irei embarcar de volta pra Los Angeles amanhã a noite, e encontro minha camisa do corinthians que o Mantuan havia me dado, e com toda certeza ela vai na mala, seria uma forma de me lembrar dele, mesmo estando longe.

Meu coração estava apertado, não sei mais se eu queria voltar pra lá, porque apesar de tudo, aqui é a minha casa, onde eu tenho tudo o que eu preciso. E lá é sonho, algo que sempre desejei, não sei se posso deixar isso pra lá.

Logo escuto Clara abrir a porta do meu quarto

- Apesar de eu querer desfazer todas as suas malas e te trancar no seu quarto, eu vim te ajudar a organizar as coisas.

- Aí, Clarinha, obrigado!

Ela seria minha salvação do dia, eu estava com o coração apertado e doendo, essas férias fez eu ser outra Anna Luísa, não imaginaria que iria acontecer tanta coisa que aconteceu nesse meio tempo.

Acho um blusão do Mantuan em minhas coisas, ainda estava com o cheiro dele.

- Pensei que ele iria te fazer ficar.

- Por um momento, eu também pensei, mas meu orgulho atrapalhou tudo, e acho que agora é tarde demais.

- Nunca é tarde demais pra recomeçar, Anna.

- É, ate que pode ser. Será que ele vai querer de volta?

- Se você estiver querendo usar isso como um pretexto de falar com ele, te digo que eu te apoio totalmente. - Ela da uma risada.

- Vou mandar mensagem.

                                    Gu 🤍

- Oi, Gu. Eu estava arrumando minhas malas e achei seu moletom que ficou comigo.

- Aaah, estava na procura dele.

- Se quiser, eu posso levar pra você.

- Leva com você pra Los Angeles, assim toda vez que você vestir, vai se lembrar de mim.

- E o que vai te fazer lembrar de mim aqui?

- Sua camisa do Corinthians e um salto que está aqui em casa, toda vez que olho, só vem você na mente.
- Mas enfim, você vai embora que dia?

- Amanhã a noite.

- Eu sei que as coisas entre a gente não estão boas, mas eu poderia ter meu último abraço?

- Sim!!

- Vou aí mais tarde então!

Desligo o celular e volto arrumar as roupas, eu tinha a consciência que não poderia despejar todos os meus sentimentos nele agora, melhor a gente ir da forma que esta, porque curativo que arranca de uma vez, dói menos.

- Aí, eu queria tanto que você ficasse.

- Pra te falar toda a verdade do mundo, eu também quero ficar, Clara. Meu coração está apertado

- Então fica, Anna. Você é uma pessoa talentosa, rápido você recebe inúmeras ofertas de trabalhos aqui.

- Mas morar lá sempre foi meu sonho, conquistar tudo por la, não posso jogar fora.

- Mas você não jogou fora, Anna. Você fez filmes, programas, morou lá por 1 ano e 3 meses, realizou seu sonho. Mas agora você tá percebendo que você pertecence aqui, e nossos sonhos mudam conforme os anos, nossa ambição, nossa prioridade.

- Eu vou, mas eu vou voltar.

Fico ali arrumando as coisas, e vou me arrumar já que os meninos haviam me chamado pra ir pra um jantar de despedida, conversei com o Mantuan e mudamos nossos planos. Talvez seja melhor a gente não ficar sozinhos por muito tempo.

O Du pediu pra eu buscar ele na casa dele já que o carro dele havia estragado, rapidinho chego na casa dele que é perto.
Desço do carro e bato na porta.

- Anna, entra aqui rapidinho, só pra eu pegar um negócio?

- Tá bom, mas não enrola não, odeio atraso.

- Relaxa, vem cá.

Acompanho ele até a área de lazer e me deparo com todos os meninos.

- SURPRESA! - Eles gritam

- Ah, eu não acredito! - Dou uma risada

Eles haviam preparado uma festa de despedida pra mim.

- Vocês são mentirosos.

- Tudo por você, aninha. - o Du me abraça.

- Vou sentir tanto sua falta. - o Roger me abraça

- Também vou sentir muito sua falta.

Falei com todos os meninos, o mantuan estava ali, mas não tínhamos trocado uma palavra, eu estava com medo de ir até ele, e acredito que ele estava com o mesmo medo.

Vou pra dentro da casa procurando um prato.

- Oi, loira.

- Oi, Gu.

Ele vem e me dá um abraço apertado.

- Vou sentir tanto a sua falta.

- Eu também vou sentir a sua.

- Não queria que você fosse.

- Eu não queria ir também.

- Então fica, Anna, por favor.

- Não posso, Gu, é necessário

- Mas se você quer ficar, o que mais é necessário do que sua vontade?

- Meu trabalho.

Ficamos em completo silêncio até ele virar as costas e resolver voltar pra festa, e logo vou atrás. Não vou mentir, aquilo estava doendo, muito, e depois de ter o abraçado parece que esta pior.