Santorini

62 2 6
                                    

Desembarcamos em Santorini de tarde, conseguimos nos virar e chegar no hotel para fazer check-in.

- Meu Deus deusa, o que tem nessa mala? Pedras? - Apolo reclama carregando as malas para dentro do quarto.

- Não né marido, nossas lembrancinhas para o pessoal. - Digo abrindo a porta do quarto.

- Uma mala de lembrancinhas? Geórgia! - Ele fala espantado entrando no quarto atrás de mim e colocando a mala no canto.

- Vou despachar ela depois. - Falo balançando a cabeça que sim com um sorriso tímido e me jogo na cama.

Vejo a cama e vou nela.

- Nossa, que cama macia. - Comento me esparramando na cama. - Dormiria agora.

- Eu prefiro testar o colchão de outro jeito. - Apolo fala subindo em cima de mim

Alguém bate na porta, fazendo ele soltar uma bufada e sair de cima de mim.

- Eu não desisti, vamos testar esse colchão. - Ele fala apontando para mim e se virando para abrir a porta.

Dou um riso da situação.

Um rapaz com aparência de uns 20 anos está do outro lado da porta com um carrinho com malas nossas, ele descarrega no quarto sem olhar para mim, ele é rápido e quando sai depois de colocar a última mala, Apolo dá uma gorjeta para ele.

Levanto e vou até a minha bolsa e pego um dos papéis que Helena me deu com as atrações de Santorini, e vejo que ela indica o castelo de Oia, olho para janela e vejo que o sol já deu uma abaixada, começo a abrir as malas em busca de uma roupa.

- O que está procurando deusa? - Apolo pergunta em pé ao meu lado.

- Aquele meu vestido azul. - Vasculho as malas.

- Por que? Pensei que íamos passar essa noite no hotel. - Ele fala se sentando na beira da cama com sorriso de segundas intenções.

- Vamos no castelo de Oia? Quero ver o pôr do sol lá. - Consigo achar o meu vestido. - Achei. - Digo pegando ele da mala.

- Nossa, deve ser bem bonito, vamos. - Ele fala levantando e indo pegar uma muda de roupa na sua mala.

Nos arrumamos e descemos de elevador para a recepção do hotel.

- Vamos pegar um taxi marido? - Pergunto me virando para ele vendo vários carros parado perto da entrada do hotel.

- Taxi deusa? Vamos a pé, assim já vamos olhando a cidade. - Ele fala entrelaçando nossas mãos.

- Sem guia? A gente vai se perder, isso sim. - Digo vendo ele pegar um mapa no soldo da bermuda.

- Eu vou guiar a gente. - Ele abre o mapa.

- Isso não vai dar certo. - Digo rindo dele.

- Dúvida deusa, sou grego, está em minha veias o conhecimento por essas terras. - Ele fala todo cheio de si.

- Tá bem. - Dou risada.

Começamos a nossa caminhada pela cidade, segui o Apolo e ele muitas vezes se embanana com o mapa, quando paramos em uma rua cheia de lojinhas nas bem rusticas. 

- Marido, assuma, estamos perdidos. - Falo para ele parando de andar e escorando no muro de pedra.

- Estamos perto. - Ele fala com o rosto enfiado no mapa.

- Eu não tenho tanta certeza. - Me escoro no muro. - Eu já tô cansada de tanto andar. - Reclamo pegando a garrafinha de água que eu trouxe, que virou minha fiel escudeira.

Tão sonhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora