Descoberta

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- Está ansiosa? - Apolo me pergunta a me olhar atento.

- Sim, marido. - Respondo apertando um pouco mais a sua mão. - E você? - Pergunto olhando para ele.

- Também. - Ele respondo abrindo um sorriso visivelmente animado.

Optamos em não dizer a ninguém da nossa família que estaríamos vindo hoje descobrir o sexo do bebê, pois tenho a maior certeza que todos iam querer estar presente e seria o maior trupe, para dizer que no mínimo mamma e Eustáquio iam querer vir, sem contar Antonella, Maia e Mateo, e hoje o consultório por incrível que pareça está uma calmaria, tem uma mãe com um recém nascido que dorme serenamente em seu colo e uma outra gestante com umas pastas nas mãos. 

- Senhora Adrastéia. - A enfermeira chama na recepção.

Olho para Apolo, dou um sorriso nervoso e levantamos juntos.

- Por aqui, por gentileza. - Ela abre a porta que dá acesso ao um corredor cheio de salas.

A seguimos em silêncio, apenas andando um do lado do outro.

- Pode vir aqui. - Ela me chama para duas salas depois da recepção. - Se você tiver com vontade de ir ao banheiro, recomendo que vá, pois a bexiga estando cheia pode influenciar no exame de hoje - Ela me orienta.

Entramos na sala e eu por precaução deixo a minha bolsa com Apolo, caminho até o banheiro e entro.

Entro e fecho a porta, vou logo abaixando a saia que estou usando e sentando no vaso, fico menos de um minuto e nada de xixi vem, voltou a me vestir e logo saio do banheiro.

- Nada de xixi? - Apolo pergunta me vendo sair do banheiro ajeitando a blusa sobre a barriga.

- Não marido, nadinha. - Respondo vendo que a enfermeira está em pé próximo a maca.

Caminho até ela, que logo me auxiliar a subir na maca e me ajeitar deitando nela.

A porta se abre e o doutor nos cumprimenta e já sentada em um banco giratório de frente para o aparelho.

- Pode deixar ali por favor. - Ela pede apontando para a maca.

Agora já com a blusa erguida até a altura do seio e o cós da saia mais baixo com papel toalha em volta o médico se vira para mim.

- Esse gelzinho é morno, o meu aparelho dá uma leve aquecida nele, por que ninguém merece frio né? - Ele fala descontraindo passando o gel na minha barriga e a gente dá uma risada breve.

Eu inclino a cabeça para ver Apolo, que está em pé do meu lado com o olhar atento no monitor, e ele percebe e me olha.

- Chegou a hora, marido - Falo abrindo um sorriso.

- Sim, deusa. - Ele fala sorrindo de volta.

Ele segura a minha mão e me dá um beijo doce e breve.

- Estamos na 16º semana, é isso Geórgia? - O médico me pergunta olhando para o meu rosto.

- Sim, doutor, 16 semanas completadas ontem. - Respondo para ele.

- Ok, então vamos lá. - Médico liga o aparelho.

Ele posiciona a ponta do equipamento no pé da minha barriga, e isso me gera um friozinho na espinha, me fazendo ficar mais ansiosa ainda.

- Olha aqui, temos o colo o útero. - Médico vai apontando com uma seta um borrão todo cinza. - Parte anterior, depois aqui a parede posterior, e bem aqui. - Ele dá um zoom na tela. - O feto está aqui, se desenvolvendo bem seguindo o esperado para idade gestacional... - Ele para de falar, e começa a passar a ponta do equipamento pela minha barriga.

Tão sonhadoOnde histórias criam vida. Descubra agora