Uncomfortable (3)

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Não iria postar hoje, mas, como é aniversário da minha irmã Havvyy estou adiantando!
Espero que goste amorzinho, e felicidades novamente! Amo você ♡♡♡


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Meus olhos não conseguem acompanhar seus movimentos e meu corpo não se move nenhum centímetro quando ele apenas pega minha mão direita, segura dois dedos meus e os vira para o lado oposto.

Uma dor dilacera os meus dedos, se expandido por toda extensão do pulso, antebraço e braço, até o ombro.
Grito de forma tão surpresa que não sai som.
É como se eu realmente tivesse perdido minha voz.
Ele ainda segura meus dedos enquanto encara, inexpressivo, meu rosto.
Sinto lágrimas se acumulando no canto dos meus olhos e então ele me empurra na direção da escada, no entanto, de alguma forma meu corpo toma atitude e consigo me segurar no corrimão desajeitado, enquanto ele corre fugido, e eu caio no chão, seguro, sem mais nenhum desastre além dos meus dois dedos quebrados que doem de forma que sinto vontade de vomitar.

Começo a sentir meu corpo tonto.
Ouço o som do meu celular e do elevador.
Tudo ao meu redor começa a ficar preto e ainda consigo ver uma pessoa vindo em minha direção antes de tudo perder o sentido.




.



- Você o conhece?

- Somos vizinhos... - ouço o diálogo ao longe e meus olhos se abrem lentamente.
Olho ao redor e estou em um quarto de hospital.
É tudo muito branco, e não tem muita coisa além dos habituais aparelhos médicos.
Uma moça com um vestido branco que vai até os joelhos e sapatilhas vermelhas, com seus cabelos castanhos que vão até a cintura e rosto angelical conversa com a médica.

- Eu tô bem? - é tudo o que consigo dizer. As duas se viram pra mim e a moça de vestido branco sorri pra mim, acompanhada de um suspiro longo que parece alívio.

- Sim, você tem dois dedos quebrados, e sua pressão caiu, mas eles estão engessados e sua pressão está normal! - ela diz e eu observo meus dois dedos, o do meio e o médio. Só me sobraram o dedão, o indicador e o midinho.
Ainda sinto muita dor, mas por não poder mexer, isso alivia um pouco.

- Me sinto tonto... - comento.

- Isso é natural, você vai receber alta em breve, já tomou todos os remédios e está no final do soro!

- Doutora Kim, emergência no quarto 27! - um enfermeiro aparece e ela se retira.

- Muito obrigado por me trazer aqui! - digo a moça, a sorri e nega.

- Não foi nada, fico feliz que não era nada tão grave, fiquei nervosa e quase atropelei uma pessoa quando te trouxe de carro, mas deu tudo certo no final então que bom! - ela fala rápido, e parece super nervosa.
Ela parece mais nova que eu.
Acabo por sorrir sobre seu relato.

- Agradeço muito mesmo!

- Como você quebrou o dedo? - ela questiona, se aproximando da maca.
Suspiro.

- Eu cai da escada e me machuquei, mas não notei que era algo tão grave até subir os degraus! - digo com uma cara de pau, que nem sei como ela cai no que eu acabei de dizer.
Ela parece muito preocupada.

- Sinto muito, espero que você fique bom longo!

- Eu também, meu trabalho exige muito das minhas mãos, já que sou pianista! - digo. Ela me encara feliz e sorridente com a notícia.

- Eu achava que era um cd, então é você quem toca aquelas músicas! - ela liga os pontos, me sinto sem graça.

- Desculpe se é incomodo, não sabia que ficava tão alto!

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