Hold your Breath (36)

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♡POV Jimin

Passaram-se três dias. A casa de Mirae foi colocada a venda por um advogado que redigiu a papelada. Yoongi pareceu aliviado por conseguir se desfazer dela. Comecei a ensaiar para o concerto, mas ainda não estamos junto com a orquestra.

Não vi Yongbok por estes dias, nem consegui entrar em contato. Outro fato que vem me deixando inquieto é a maneira que Yoongi tem me tratado nos últimos dias. Não é que ele esteja distante, ele me abraça algumas vezes ou beija minha bochecha, mas ele não me beijou nos lábios ou chegou perto de mim quando fomos dormir e sinto que é tudo culpa minha. Passei três dias me segurando, esperando que voltasse ao normal, mas embora o clima em casa não esteja estranho quero falar a ele como me sinto e definitivamente é hoje.

[Sei que está ocupado e eu tenho ficado distante, mas gostaria de saber se você gostaria de vir jantar comigo]

Recebo a mensagem de Yongbok quando estou terminado de me vestir para sair do teatro. O ensaio foi puxado e bem desconfortável quando o regente veio inspecionar, não sei bem o porquê ele faz isso, mas é aparente sua busca por perfeição e a maneira com que ele parece ser antiquado, machista e preconceituoso.

As palavras de Yongbok em sua mensagem me fazem sentir um certo alívio, estava mesmo quero ficar um pouco com ele.

[Estarei aí em breve!]

[Okay]

É tudo o que ele responde, então me apresso em mandar uma mensagem para Yoongi. Espero que ele esteja acordado quando eu chegar, preciso falar com ele.

[O Yongbok me convidou para jantar, então não comerei em casa]

[Ia mandar mensagem pra você agora. Meu pai me chamou pra jantar, já ia avisar! Nos encontramos em casa, se cuida, amo você!]

[Que bom, manda um oi pra ele, amo você também!]

Sinto que as palavras e o amor dele são verdadeiros, só não entendo porquê me sinto tão inquieto sobre nós dois.

.

- Olá, que convite surpreendente o seu - digo entrando na casa. Yongbok não mudou nada na casa de Yoongi, está tudo exatamente igual.

Tudo está em seu lugar, seu rosto está noventa por cento melhor e ele parece descansado, o que certamente me tira um peso das costas.

- É, sei que foi repentino mas eu precisava ficar com você um pouquinho - confessa me abraçando após fechar a porta.

Por algum motivo, sinto um desespero em seu abraço. Ele me abraça forte contra si e demora a me soltar, se passa mais ou menos um que acho ser um minuto num abraço silencioso, mas não desgosto é confortável e quente.

- Está tudo bem?

- É, só me senti sozinho, fiquei isolado por muito tempo e queria te ver, conversar quem sabe. Mas, antes vamos comer - ele me solta e me puxa para cozinha com a mão.

Tem uma panela com carne ao molho, arroz e salada. Ele pega a primeira panela e o sigo com o arroz e a tigela de salada, voltando para sala. Na mesinha já estão os utensílios. Sentamos lado a lado e ele serve minha comida também. Na tv passa um programa sobre culinária.

- Isso tá ótimo, você quem fez?

- Mais ou menos, eu fiz o arroz e a salada. A carne foi a Jieun, ela meio que ficou preocupada e deixou comida na porta pra mim - ele sorri um pouco.

- Ela é bem legal

- É sim - ele concorda.
- Como você está?

- Estou indo bem, já comecei a ensaiar para apresentação de inverno. E embora seja incrível, o regente é um homem da pior espécie - ele faz uma careta.

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