LIGHTS - 𝐒𝐀𝐍𝐎|𝐓𝐀𝐊𝐀𝐒𝐇𝐈

I'LL BE GOOD - KAZUTORA

Kazutora já estava a um tempo dirigindo pela estrada depois de ter me ouvido contar sobre meu envolvimento com Kisaki e logo depois com a Toman. Já estava cansada de contar sempre a mesma história para as pessoas mas ele estava me ajudando, nada mais do que justo dizer a ele.

Ele mantinha seu olhar para frente sem desviar nenhum momento.

- Vai me contar para onde está me levando ? - Eu estava sentada no banco do carona vendo a neblina que estava no lado de fora.

- Espera só mais um pouco e saberá.

O meio loiro havia me desamarrado antes de sairmos do local e me levado até uma correnteza próxima, planejou todo um esquema para que Kisaki acreditasse que eu havia me matado e depois saímos do local. O mesmo havia me pedido para que não fizesse nenhuma gracinha ou se não me deixaria para os lobos, apenas concordei, tudo era melhor que estar nas mãos do Tetta.

A cada distância percorrida eu estava me sentindo mais solitária, por hora eu apenas me ajeitei adormecendo.

Incomodada por sentir alguém me pegando no colo eu rapidamente abro meus olhos dando de cara com meu "sequestrador".

- O que você está fazendo ? - Me soltei dos seus braços logo me ajeitando para sair do carro e automaticamente de perto dele.

- Você estava dormindo, não queria acordar - Revirou os olhos fechando a porta do carro e ligando o alarme. - Venha.

Subimos algumas escadas até chegar em uma porta de madeira, ele tirou o molho de chave do bolso e abriu me dando a vista de um apartamento totalmente limpo e organizado.

- Uau, eu irei ficar aqui ? - Ele assentiu - Sua casa ?

- Por enquanto seu lar temporário.

- Obrigada - Sorri - Por não ter me levado até o Kisaki.

- Esse problema resolvemos depois - Se jogou no sofá enquanto mexia no celular - Não estou totalmente convencido da sua história, mas dado pelo seu desespero e o que ele falava da própria ex... não quero ser cúmplice de um assassinato.

- Mas se ele souber que você mentiu. - Falei com receio do que ele poderia fazer com Kazutora. Não é como se eu estivesse preocupada... Ok, eu estou preocupada. Nunca fui a favor de violência.

- Ele terá que correr muito atrás de mim para me localizar - Ele parou por um tempo me encarando - Você disse ter ficado em coma por um tempo quando ele tentou te matar, qual a sensação?

- Ah... sobre isso. - Me sentei ao lado dele encolhida - É uma longa história.

- Temos todo o tempo do mundo - Se ajeitou virando pra mim

*QUEBRA DE TEMPO - Dias depois*

Eu corria por toda a casa com Kazutora atrás de mim segurando uma faca de pão. Ele não era a pessoa mais doce quando acordava e odiava gracinhas, um dia o mesmo resmungou ter pesadelos todas as noites com relação ao pai, então seu humor pela manhã era sempre o mesmo.

- EU JA TE PEDI DESCULPAS ! - Falava ofegante enquanto ia em direção aos quartos subindo na cama na intenção de dribla-lo.

- Eu odiei esse apelidinho ridículo - Parou enquanto me olhava mortalmente

- Mas todo mundo gosta de banana - Tento segurar a risada que foi totalmente em vão - Ok, desculpa, Tora solta essa faca.

- Solto a faca se você me pedir desculpas de forma sincera - Me olhou com um ar confuso - Espera, você me chamou de que?

- Tora... - Sai da cama com as mãos em defesa - Já que não posso te chamar de bananinha, Tora está liberado ?

Ele não precisou pensar muito, apenas se virou dando de ombro. Dei uma leve risada vendo que ele não foi contra e fui até a sala atras dele. Kazutora estava vestindo seu casaco da Valhalla enquanto digitava algo em seu telefone.